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Matérias / Crimes

Caso Murin: A morte brutal de um casal de idosos que só foi solucionada três décadas depois

Em 1985, Edward e Wilhelmina Murin foram friamente assassinados dentro de seu próprio carro — mas os responsáveis permaneceram desconhecidos por anos

Daniela Bazi Publicado em 13/11/2020, às 11h00

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Edward "Ed" Maurin e Wilhelmina "Minnie" Maurin foram mortos em 1985 - Divulgação
Edward "Ed" Maurin e Wilhelmina "Minnie" Maurin foram mortos em 1985 - Divulgação

Edward "Ed" Maurin, de 81 anos, e Wilhelmina "Minnie" Maurin, de 83, eram um casal de idosos americanos da cidade de Chehalis, que sumiram no dia 19 de dezembro de 1985. Faltando apenas alguns dias para o Natal, a família estranhou a falta de Ed e Minnie durante a comemoração de final de ano, e relataram seu desaparecimento para a polícia.

Ao chegarem a casa, os oficiais e a família a encontraram completamente bagunçada. Haviam extratos de banco espalhados pelo chão, móveis fora do lugar, o carro do casal estava desaparecido e a bolsa de Wilhemina, que ela carregava sempre consigo, ainda permanecia ali. Entretanto, não existiam resquícios de que a casa tivesse sido invadida.

Por ser uma cidade pequena, todos conheciam a família Maurin e sabiam de seu poder aquisitivo, por serem donos de uma das principais madeireiras da região. Com isso, a primeira hipótese levantada pela polícia era de que os idosos foram sequestrados, e esperavam por um pedido de resgate.

No dia seguinte, o carro do casal foi encontrado em um shopping, com os bancos cobertos de sangue, porém, eles não estavam ali. Com isso, a hipótese de sequestro foi descartada e as autoridades passaram a cogitar a ideia de homicídio.

Local onde o carro do casal foi encontrado / Crédito: Divulgação/Youtube

As buscas ao casal começaram a serem feitsa pela densa floresta que fica ao redor da estrada da cidade. Os corpos foram encontrados por um homem, em uma área arborizada da mesma rua. A autópsia realizada nos cadáveres de Ed e Minnie revelou que eles foram mortos por tiros de espingarda dentro do próprio carro, e arrastados até o local onde foram localizados.

Durante a investigação, a polícia encontrou um extrato bancário no bolso de Edward, datado do mesmo dia de seu desaparecimento. Ao irem ao banco, descobriram através da caixa que o atendeu que o homem teria pedido uma quantia grande de dinheiro, e sacado 8.500 dólares. Essa foi a principal pista para a busca dos assassinos do casal Murin.

A polícia acreditava que os responsáveis pelo crime eram conhecidos de Ed e Minnie, por ter conseguido entrar na casa sem a necessidade de arrombamento e pelo conhecimento da quantia de dinheiro que os idosos possuíam no banco. Com isso, alguns familiares foram chamados para depor, mas todos acabaram sendo liberados.

No dia 31 de dezembro, duas mulheres se encaminharam à polícia e prestaram um depoimento que mudaria o rumo das investigações. Elas alegaram ter visto um homem correndo no estacionamento do shopping em que o carro do casal foi encontrado, segurando um rifle a caminho da floresta.

O filho de Edward e Wilhelmina jurou vingança aos pais no dia do enterro / Crédito: Divulgação/Youtube

Com as características dadas, as autoridades começaram a procurar por suspeitos na cidade, porém, nenhum foi identificado. Em 1991, mais de 800 novas dicas foram fornecidas para a polícia por um informante anônimo mas, novamente, nenhuma era relevante o suficiente para chegar aos criminosos, e o caso acabou sendo arquivado.

Em 2004, sob o comando de um novo xerife, o caso foi reaberto, com todas as evidências sendo reanalisadas e as testemunhas chamadas para depor novamente. Segundo a nova investigação, o assassino teria rendido o casal em sua porta e exigido por dinheiro, justificando a presença de diversos extratos bancários no chão da casa.

Ao perceber que não havia dinheiro na casa, o criminoso os sequestraeam e obrigaram a dirigir até a agência bancária mais próxima. Após receber o valor, o casal seria morto, largado na floresta e o assassino levaria o carro até o estacionamento do shopping, onde o abandonou e fugiu.

Somente 19 anos após o crime a polícia concluiu que o responsável não era um familiar, e mudou o foco para pessoas que trabalhavam para o casal na madeireira. Então, negativos de fotos arquivadas de todos os funcionários foram recuperadas e apresentadas às testemunhas que conseguiram apontar para um homem. Contudo, não existiam provas o suficiente para incriminá-lo.

Em 2005, um dos netos do casal, chamado Mike, acabou encontrando com Jake, um amigo da época da escola em um bar na cidade de Vancouver. Lá, o colega acabou revelando que sabia o que havia acontecido com os Murin no dia do crime.

O homem contou que estava andando de carro com sua mãe, quando pediu para que ela ultrapassasse o veículo da frente que andava muito devagar. Ao olhar, ele reconheceu ser o automóvel de Ed e Minnie, e os viu junto com mais duas pessoas no banco de trás, que reconheceu ser os irmãos Rick e John Riffe, criminosos conhecidos na área.

Os irmãos Rick e John Riffe / Crédito: Divulgação/Youtube

Ele revelou que nunca contou o que presenciou para ninguém por ter sido ameaçado pelos criminosos, que os perseguiram frequentemente para garantir que a polícia não ficasse sabendo de que eles eram os responsáveis.

Com o depoimento de Jake à polícia, as autoridades compraram as passagens para o Alasca, onde os irmãos se mudaram em 1987, com um mandado de prisão em mãos. Contudo, descobriram que John havia falecido uma semana antes.

Todavia, continuaram a busca e prenderam Rick Riffe, que se encontrava doente em sua casa. Ele foi condenado a 103 anos de prisão em 2012 e, durante sua sentença, se declarou inocente, além de pedir para que seu advogado dissesse que ele não sente remorso e não pedia desculpas por algo que não havia feito.


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