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Matérias / Crimes

Ceifador de crianças: Luis Garavito, o serial killer que fez mais de 170 vítimas

Entre 1992 e 1999, centenas de meninos entre 6 e 16 anos sumiram das ruas da Colômbia em um dos maiores casos de homicídios que o país já viu

Pamela Malva Publicado em 04/04/2020, às 17h00

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Luis Garavito, o homem que matou mais de 170 crianças - Divulgação
Luis Garavito, o homem que matou mais de 170 crianças - Divulgação

Enquanto todo o hemisfério Norte comemorava o fim da Guerra Fria, em 1991, a Colômbia chegava cada vez mais perto do fim do Conflito armado interno. Iniciada em meados de 1964, a batalha apenas acabou em 1992.

Ao final do conflito, centenas de crianças que viviam nas ruas colombianas desapareceram sem nenhuma explicação. No entanto, preocupado com a recuperação do país após as décadas de batalha, o governo não fez grandes investigações.

Para muitos, as crianças desaparecidas ou foram vítimas do período caótico, ou saíram das ruas graças ao Estado. Nunca passou pela cabeça de ninguém que, na verdade, todos aqueles meninos estavam sendo sequestrados por um único serial killer.

Foi apenas em 1997, quando os primeiros corpos foram encontrados, todos dilacerados, que a polícia entrou no caso. Começou, assim, um dos mais complexos e terríveis casos de assassinatos da história da Colômbia.

Infância obscura

Filho mais velho entre 7 irmãos, Luis Alfredo Garavito é natural de Quindío, na Colômbia. Nascido em janeiro de 1957, o menino sofreu diversos abusos em sua infância, quando era violentado sexual e psicologicamente pelo próprio pai.

Luis Garavito quando mais novo / Crédito: Divulgação

Cansado das agressões sofridas tanto em casa, quanto na escola, ele fugiu de casa aos 16 anos. Nos poucos trabalhos que conseguia, era logo demitido por frequentes ataques de raiva. Assim, rapidamente, Luis tornou-se um alcoólatra aos 21 anos.

Na época, vítima de uma forte instabilidade emocional, ele tentou cometer suicídio e, por isso, buscou serviços de assistência colombianos. Os acompanhamento psicológicos, entretanto, tratavam apenas sua depressão, e não sua sede por sangue.

Em 1992, aos 45 anos, Luis deu início a uma longa série de assassinatos. Com padrões claros entre suas vítimas, o serial killer perseguia meninos entre 6 e 16 anos. Uma vez escolhida sua vítima, ele agia friamente, conforme o planejado.

Desejo de morte

Luis usava do mesmo modus operandi em todos os seus assassinatos. De forma sistemática, o criminoso oferecia presentes, dinheiro ou trabalho para os meninos, que normalmente viviam em condições pobres — como órfãos ou camponeses.

Com a desculpa perfeita, Luis conquistava a confiança da vítima e levava os meninso para lugares distantes, caminhando até que a criança se cansasse. Exaustos e vulneráveis, os meninos eram amarrados, agredidos e estuprados.

Como se as violências não fossem o suficiente, Luis torturava suas vítimas cortando seus dedos, mãos, orelhas e olhos. Por fim, ele cortava as pequenas gargantas e, quando sentia vontade, arrancava as cabeças dos cadáveres. 

Entre os anos de 1992 e 1997, enquanto as investigações ainda não começavam, Luis fazia o possível para fugir da polícia. Trocava de cidade — chegou a morar em 52 delas — e usava diferentes disfarces para abordar suas vítimas — por vezes, era um médico, um monge e até mesmo um mendigo.

Luis Garavito, o serial killer de crianças / Crédito: Wikimedia Commons

Começo do fim

Em novembro de 1997, já com alguns nomes de vítimas listados, os investigadores encontraram uma vala recheada com 36 ossadas de crianças, na cidade de Pereira. Pela primeira vez, Luis entrou na lista de suspeitos, graças aos depoimentos coletados.

O fim dos assassinatos chegou quando Luis foi flagrado tentando estuprar um menino de 12, em abril de 1999. Ele foi preso pelo único crime e, quando foi interrogado, assumiu o assassinato de mais 140 crianças. 

Aos policiais, o serial killer entregou um caderno pessoal, onde ele documentava cada uma de suas vítimas. Segundo os investigadores, o total real de assassinatos pode chegar a 300 crianças.

Por 138 das 172 acusações de estupros e assassinatos, Luis recebeu a sentença de 1853 anos e nove dias de cárcere privado. Entretanto, devido às leis colombianas na época, ele foi condenado por apenas 30 anos.

Hoje, Luis Garavito vive na cadeia de Villavivencio e cumpre os 22 anos totais de sua sentença — que foi reduzida por colaboração. Na prisão, ele vive isolado dos outros detentos, por medo de maiores consequências, e deve ser libertado em 2021.


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