Com características e marcações históricas, o estudo petrográfico do artefato chama atenção pelas características do importante período
Uma equipe de pesquisadores da Autoridade de Antiguidades de Israel analisou uma das principais oficinas de cerâmica no Mediterrâneo oriental e localizou diversos fragmentos relacionados aos eventos históricos da região, na área do Centro Internacional de Convenções de Jerusalém e no Crowne Plaza Hotel.
Entre os itens localizados, uma peça de cerâmica carimbada com uma identificação da 10ª Legião Romana chamou atenção e foi o alvo de um cuidadoso estudo, cujos resultados foram publicados na edição de maio de 2020 do Boletim da ASOR - The American Schools of Oriental Research.
De acordo com a pesquisa, as oficinas de cerâmica foram ativas por cerca de 300 anos entre os períodos hasmoneano e romano médio no século 2, antes de serem destruídas em 70 d.C. Os ceramistas que operavam as oficinas eram judeus e a organização das oficinas era compatível com a produção industrial de fabricantes particulares.
Com o auxílio da petrografia, os arqueólogos conseguiram alcançar uma datação aproximada relacionada aos métodos e idade do período. Além disso, após o episódio da Destruição de Jerusalém, em 70 d.C., os pesquisadores conseguiram identificar uma mudança na produção de artefatos de barro, limitando as características apenas ao período.
O diretor do Laboratório Petrográfico da Autoridade de Antiguidades de Israel, Cohen-Weinberger, explicou como foi realizada a coleta: "Nossa pesquisa foi baseada em ferramentas arqueológicas regulares, como o estudo de planos arquitetônicos e a distribuição de instalações de produção, bem como no estudo petrográfico dos vasos de cerâmica e materiais de construção encontrados no local".