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Matérias / Primeira Guerra Mundial

Cher Ami: a emocionante história da pomba que evitou a morte de soldados na Primeira Guerra

O animal foi responsável por salvar a vida de 194 homens, mas ficou gravemente ferido durante o confronto

Wallacy Ferrari Publicado em 24/06/2020, às 10h46 - Atualizado em 04/06/2021, às 11h45

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Retrato de Cher Ami, a pomba da Primeira Guerra - Divulgação / U.S. Army Signal Corps
Retrato de Cher Ami, a pomba da Primeira Guerra - Divulgação / U.S. Army Signal Corps

Durante a Primeira Guerra Mundial, os militares utilizaram mecanismos para se defender dos inimigos. Uma das táticas mais comuns era utilizar pombos-correios, para ajudar os soldados durante os confrontos. 

As aves tinham o objetivo de enviar mensagens aos homens que estavam no campo de batalha. Adestrados, rápidos e muito inteligentes, esses animais foram responsáveis por salvar a vida de muitas pessoas e, consequentemente, evitar tragédias ainda maiores.

Um dos casos mais famosos foi o da pomba Cher Ami, que durante a Grande Guerra, foi responsável por salvar a vida de 194 soldados, sendo considerada até hoje uma grande heroína.

Pombas da guerra

Em 1918, o auge da Primeira Guerra Mundial obrigou os militares envolvidos a buscarem inovações tecnológicas e práticas para sair na frente durante as batalhas. Com o objetivo de ajudar a aliança, a Grã-Bretanha doou dezenas de pombos treinados para o Exército dos Estados Unidos quando se instalaram na França.

Uma delas, carinhosamente nomeada "Cher Ami" ("querido amigo", traduzido do francês), seria a responsável por evitar uma das maiores tragédias entre os estadunidenses. Durante a Ofensiva Meuse-Argonne, em 3 de outubro de 1918, mais de 550 militares americanos se perderam e acabaram em um lugar cercado de alemães, território inimigo.

Sem orientação de saída e com a possibilidade de serem capturados, os homens presos não estavam com comida ou munição. Quando localizados, eram executados por inimigos ou sofriam tiros dos próprios americanos, que não sabiam que os homens na base inimiga seriam companheiros de missão. Em tal situação, o major Charles White Whittlesey teve a ideia de acionar os pombos.

Pegue o pombo!

Dois pombos foram enviados carregando mensagens sobre os feridos, a impossibilidade de evacuação e uma solicitação por reforços. Antes da entrega, direcionada a base americana, os pássaros foram abatidos por alemães. A terceira chance era de Cher Ami. Sem papel, o major Whittlesay teve de improvisar uma carta com papel de cebola e prender com um pedaço de lata na perna esquerda.

Contendo a localização do grupo na carta, a pomba foi lançada, mas não teve vida fácil; em apenas alguns segundos de voo, foi atingida por um tiro, caindo de volta a floresta. Sua persistência, no entanto, surpreendeu as tropas, ao retomar a viagem e bater as asas por mais 25 minutos, até a base estadunidense, há cerca de 40 quilômetros. 

Ao entregar a mensagem, os militares notaram lesões impressionantes por todo o seu corpo; o tiro atingiu a ave no peito, com os estilhaços cegando um de seus olhos, além de deixar a perna direita pendurada por um tendão. A mensagem, no entanto, auxiliou a equipe no resgate dos americanos, salvando 194 dos 550 militares encurralados.

Heroína que voa

Após o susto, os médicos do Exército se esforçaram para garantir a vida da pomba, com sucesso. Sua perna teve de ser amputada, porém, recebeu uma prótese de madeira, além de cuidados e acompanhamentos até o fim da guerra. Condecorada com o título de herói da 77ª Divisão da Infantaria, se tornou o animal de estimação do general John J. Pershing.

Ao ser levada aos Estados Unidos, retomou o voo e excursionou por diversas capitais como estrela nacional. Além do título, a pomba recebeu a medalha Croix de Guerre, além de ter ser orientador e cuidador, Enoch Clifford, premiado pelos serviços prestados.

A pomba faleceu no ano seguinte ao seu retorno, em 13 de junho de 1919, devido a complicações causadas pelos ferimentos em batalha. Durante todo o tempo, os militares acreditavam que Cher Ami tratava-se de um pombo, porém, durante a realização de seu empalhamento, foi descoberto que a ave era fêmea.


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