Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Curiosidades / Segunda Guerra

Cruz nazista no meio da Amazônia? A insólita Expedição Jari

Mais lidas do ano: Cruz nazista voltou a chamar a atenção em julho deste ano

Redação Publicado em 02/10/2020, às 09h00 - Atualizado em 30/12/2022, às 12h23

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
A cruz que marca o túmulo de Joseph Greiner - Divulgação/Rede Amazônica e Arquivo Pessoal
A cruz que marca o túmulo de Joseph Greiner - Divulgação/Rede Amazônica e Arquivo Pessoal

Em julho deste ano, um turista relatou que uma cruz com escritas alemãs e uma suástica nazistas, que marca uma sepultura no meio da Amazônia, foi encontrada caída no chão

A história por trás desse ‘marco’ começa na Segunda Guerra Mundial, quando nazistas criaram um projeto para colonizar a Amazônia. Assim, em 1935, um grupo de alemães desembarcou em terras tupiniquins para iniciar a chamada ‘Expedição Jari’.

A cruz homenageando Joseph Greiner / Crédito: Divulgação/Rede Amazônica

A Expedição Jari

Uma cruz de mais ou menos três metros desperta a curiosidade de quem passa pela cidade de Laranjal do Jari, no Amapá. Ela pode ser observada à distância, ainda por quem navega pelo rio Jari, a única entrada possível para a região. Contendo uma suástica, mais curiosa ainda é a origem do grande monumento, que remonta aos anos 1930.

Naquela época, ideologias de extrema-direita tentavam se expandir para além de seus berços. No caso do nazismo, os alemães montavam comitivas a fim de levar o pensamento dominante do país para outras localidades. Mas quem imaginaria que eles iriam até a Amazônia para realizar tal plano?

Na década de 1930, o alemão — com origens brasileiras — Joseph Greiner, ao lado de outros integrantes de sua organização nazista, veio para o interior do Amapá e permaneceu no local por pelo menos dois anos. Com o intuito de estudar a região, três pesquisadores vieram em um avião, que quebrou e representou o primeiro problema dos europeus em terras brasileiras.

Avião usado para sobrevoar a região/ Crédito: Rede Amazônica

Acredita-se que Greiner tenha vindo morar no Brasil antes da expedição, que ficou conhecida como Expedição Jari. "Ele veio ainda adolescente pro Brasil, com 15 anos. Não se tem uma idade exata, mas ele tinha mais de 30 anos quando faleceu em janeiro de 1936. Ele era uma pessoa que não tinha família, não era casado, era solteiro, e não deixou filhos também", explicou Edivaldo Nunes, historiador da Universidade Federal do Amapá (Unifap) em entrevista ao G1.

O pesquisador teria sido contratado pelo governo alemão para facilitar a comunicação entre os dois diferentes povos. Mesmo que possa ter ajudado no diálogo entre os moradores da região, — em maioria, indígenas —, e os germânicos, não durou muito tempo no local. A grande cruz leva seu nome: "Joseph Greiner morreu aqui de febre em 2 de janeiro de 1936 a serviço da pesquisa alemã", dizem os escritos.

Com “pesquisa alemã” podemos entender um projeto secreto de colonização nazista em plena Amazônia brasileira. A sepultura do alemão revelou como Hitler queria ocupar terras na região, como aconteceu com a Guiana Inglesa e Francesa, por exemplo.

A França na época era arqui-inimiga da Alemanha, desde a Primeira Guerra Mundial. Tinha todo um rancor ainda pela França. Então possivelmente o interesse deles em chegar à Guiana era uma futura invasão no caso se eles entrassem em conflito", explicou Nunes.

A possível colônia latino-americana foi estudada por 17 meses. Nesse período, os cientistas obtiveram informações sobre a fauna e flora da região, além de dados sobre as culturas indígenas que vivam ali. Existem fotos que mostram os encontros dos europeus com a tribo Aparai, por exemplo.

Nazistas na Amazônia/ Crédito: Divulgação/Rede Amazônica

O projeto, no entanto, não foi para frente. Greiner, como é possível atestar com a enorme cruz em sua homenagem, faleceu devido à febre. Os outros integrantes da comitiva também foram atingidos com inúmeras doenças ao longo do tempo que estiveram aqui. Malária e difteria também faziam parte do cenário enfrentado por eles.

Eles voltaram à Alemanha carregando crânios e dados sobre centenas de espécies de mamíferos, répteis, anfíbios e aves da localidade. Os pesquisadores também levaram as fotos e vídeos que fizeram durante sua estadia no Brasil.


+Saiba mais sobre a Alemanha Nazista através de grandes obras disponíveis na Amazon: 

O Pacto Entre Hollywood E O Nazismo: Como O Cinema Americano Colaborou Com A Alemanha De Hitler, Ben Urwand (2019) - https://amzn.to/2Tlj13p

A Colaboração: O pacto entre Hollywood e o Nazismo, Ben Urwand (2014) - https://amzn.to/2FYnTUh

The Collaboration (Edição Inglês), Ben Urwand (2013) - https://amzn.to/2NqNMjE

As mulheres do nazismo, Wendy Lower (2014) - https://amzn.to/2Nv41vZ

O Carrasco de Hitler, Robert Gerwarth (2015) - https://amzn.to/30nlw6E

Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, a Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.

Aproveite Frete GRÁTIS, rápido e ilimitado com Amazon Prime: https://amzn.to/2w5nJJp 

Amazon Music Unlimited – Experimente 30 dias grátis: https://amzn.to/2yiDA7W