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Matérias / Mundo

Há 10 anos, a tragédia nuclear de Fukushima chocava o mundo

Com toneladas de materiais radioativos despejados no solo e mar, a estimativa de melhora começa em 30 anos

Wallacy Ferrari Publicado em 07/03/2021, às 07h00

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Funcionários deixam usina após averiguação em 2012 - Getty Images
Funcionários deixam usina após averiguação em 2012 - Getty Images

O início da segunda semana de março em 2011 foi marcada por um alerta que aterrorizaria o mundo. A previsão de um tsunami com abalo sísmico intenso no litoral japonês não previa que, em uma sexta-feira, 11, resultaria em um dos maiores episódios nucleares da história.

Acometido por ondas gigantes e tremores intensos, as cidades evacuadas não foram suficientes para interromper o trabalho da Central Nuclear de Fukushima I.

Durante a tarde daquele dia, a força do desastre natural — cujo maremoto atingiu a magnitude 8,7 graus na escala Richter — resultou no derretimento de três dos seus reatores que abasteciam e armazenavam a usina, passando a liberar quantidades exorbitantes de material radioativo por toda a região.

Em decorrência da presença de material químico, a ocasião se tornou o segundo maior desastre nuclear da história, sendo o maior após Chernobyl, atingindo o sexto nível da Escala Internacional de Acidentes Nucleares, como informou o portal G1.

Em âmbito de comparação, autoridades da Agência Internacional de Energia Atômica acreditam que o material liberou aproximadamente 30% da radioatividade do acidente europeu.

Guindaste recolhe e separa toneladas de material químico de Fukushima / Crédito: Getty Images

Investigação e conclusão

A irradiação prosseguiu durante o resto do ano de 2011, diminuindo gradativamente após as tentativas de desligamento dos outros reatores e intenso trabalho de limpeza e evacuação de municípios ao redor do local.

Uma averiguação especial foi feita pela Comissão de Investigação Independente do Acidente Nuclear de Fukushima, considerando as causas previsíveis e evitáveis, como informou o jornal O Globo.

Na conclusão, a comissão entregou ao Parlamento japonês um documento de 641 páginas atribuindo os riscos operacionais, a falta de preparo e enaltecendo que tratou-se de uma catástrofe artificial, causada majoritariamente por erros humanos.

Caso fosse prevenido, não apenas poderia retomar as atividades de energia nuclear da estação, como resultaria em menor problema para a comunidade local.

Ao todo, oito funcionários faleceram diretamente pela ocasião, sendo seis pela exposição excessiva à radiação e, os outros dois, por ferimentos decorrentes do terremoto. As mortes em decorrência do fenômeno natural, abortos e natimortos causados não são contabilizadas em pela incerteza numérica.

Via evacuada em decorrência da radioatividade na região da Estação de Energia / Crédito: Wikimedia Commons

Reparação e legado

De acordo com a ABC News, um dos primeiros feitos que buscou reparar as perdas pela reação à radiatividade ocorreu em setembro de 2018, quando a família de um ex-operário da usina conseguiu provar a incidência de um câncer fatal, conseguindo um tratado financeiro.

Além disso, mais de 160 mil pessoas que foram forçadas a saírem ainda não puderam voltar para as casas ou acessar bens pessoais. Agora, o governo japonês trabalha em um projeto contínuo de limpeza intensiva, não apenas para a descontaminação das áreas afetadas, mas também para cessar a imensa quantidade de radioatividade que contaminou a água em reservatórios e até no mar.

O jornal britânico The Guardian publicou, em 2014, uma estimativa de descontaminação com uma barreira no solo, bloqueando a disseminação do material químico em dutos subterrâneos de água, mas prevê que o processo levará pelo menos 30 anos.


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