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Matérias / Mundo

Como os antigos se viravam sem Governo?

Conforme a humanidade deixava o nomadismo para trás, surgiam problemas que apenas um Estado organizado resolveria

Redação Publicado em 14/11/2021, às 10h00

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Fotografia da Praça dos Três Poderes - Domínio Público/ Creative Commons/ Wikimedia Commons
Fotografia da Praça dos Três Poderes - Domínio Público/ Creative Commons/ Wikimedia Commons

Antes da criação de um Estado organizado, mais que a geografia ou governança, o que unia as pessoas eram laços de sangue e a proximidade. Nas tribos, os mais jovens eram subordinados à experiência dos mais velhos. Mesmo em vilas maiores, os anciões tinham autoridade similar, e os chefes, quando existiam, poderes muito limitados.

Quando os dias de nomadismo terminaram e as pessoas começaram a viver em assentamentos maiores, surgiram novas necessidades. Foram os sumérios que se depararam pela primeira vez com o problema, por volta de 3000 a.C..

O povo vivia na região do atual Iraque, entre os rios Tigre e Eufrates. Com o surgimento da irrigação para a agricultura, foi necessário eleger uma autoridade para coordenar a captação dos rios e controlar os excedentes de comida. Conforme as cidades cresciam, mais encargos apareciam: administrar o comércio, julgar disputas, liderar o corpo militar. Logo, uma espécie de monarquia em torno de um rei-sacerdote se estabeleceu.

Em meados do século 5 a.C., nasceu a democracia grega. O modelo serviu de inspiração para o sistema político adotado no Ocidente. O recorde para um país moderno sem governo é da Bélgica. Entre 2018 e 2020, o poder ficou acéfalo por 650 dias, devido a um impasse entre representantes das comunidades de língua francesa e flamenga.

Antes disso, o período mais longo sem a formação de um Executivo no país tinha sido de 541 dias, entre 2010 e 2011. Enquanto os partidos brigavam por divergências quanto a uma reforma constitucional, o cotidiano foi tocado peloprimeiro-ministro que havia renunciado. Já na Guerra Civil espanhola, nos anos 1930, algumas cidades foram administradas por anarquistas, em assembleias abertas e permanentes.