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Matérias / Estados Unidos

Condenado a injeção letal: o brutal crime do supremacista Daniel Lewis Lee

Lee foi executado nesta terça, 14, na primeira execução federal dos últimos 17 anos nos Estados Unidos

Vanessa Centamori Publicado em 14/07/2020, às 17h08

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Daniel Lewis Lee - Divulgação/Youtube/CBS This Morning
Daniel Lewis Lee - Divulgação/Youtube/CBS This Morning

Nesta terça-feira,14, veio o anúncio de que a Suprema Corte dos Estados Unidos aprovou as primeiras quatro execuções federais dos últimos 17 anos. Um dos envolvidos por essa decisão foi o supremacista Daniel Lewis Lee, executado aos 47 anos, após receber uma injeção letal.

O motivo da aplicação da pena de morte é um assassinato horrendo de uma família inteira do estado do Arkansas. O crime ocorreu em 1996 e, ao que tudo indica, fez parte de um esquema perturbador orquestrado pelo grupo supremacista do qual Lee fazia parte.

Ódio escancarado

Eles planejavam criar uma "república ariana" e, para financiar sua nova ação, queriam vender propriedades roubadas e cometer crimes, destruindo várias vítimas. O foco da missão de Daniel Lewis Lee, naquele momento, foi a família judia, composta pelo traficante de armas William Frederick Mueller, sua esposa Nancy Ann Mueller e a enteada de oito anos, Sarah Elizabeth Powell.

Conforme contaram mais tarde os promotores do caso, Lee, acompanhado de seu cúmplice, Chevie Kehoe, invadiram a residência, na pequena cidade de Tilly, e incapacitaram o casal Mueller. Em seguida, questionaram a pequena enteada, Sarah, onde eles poderiam encontrar dinheiro e munição.

Após roubarem tudo que queriam, a dupla supremacista usou armas de choque nas vítimas e as selou com sacos de lixo e fita adesiva em suas cabeças, com a intenção de sufocar a família. Como resultado, os três morreram e pedras foram colocadas dentro de sacos para que os cadáveres, jogados em um rio próximo, afundassem. 

O supremacista Chevie Kehoe, que foi cúmplice de Daniel Lewis Lee /Crédito: Hs Invisible Children .org /Divulgação

Investigação criminal

Um ano depois, tanto Daniel Lewis Lee e Chevie Kehoe foram presos. Promotores do Departamento de Justiça dos EUA disseram que Lee e Kehoe mataram a família para pegar o estoque de armas dos Mueller no valor de 50 mil dólares. O dinheiro seria usado na manutenção da facção autointitulada "República Popular Ariana".

Há pistas de que o crime foi bastante premeditado. Isso porque, um ano antes da chacina, Kehoe já havia assaltado a casa da família para roubar uma grande coleção de armas, munições e dinheiro. Ele foi considerado, portanto, o líder da conspiração.

No entanto, os advogados conseguiram fazê-lo escapar da pena capital e Kehoe foi sentenciado "apenas" à três prisões perpétuas sem liberdade condicional. Hoje, está na Penitenciária Alta de Florença, no Condado de Fremont. Lee, como se sabe, ganhou pena mais rígida e foi para o corredor da morte.

O lado do supremacista foi agravado, pois o cúmplice confessou o envolvimento de Lee e disse que ele era um psicopata, que já tinha ajudado seu primo a matar um homem durante um assalto. Ele também teria ameaçado a assassinar um carcereiro e apresentava grande perigo se ficasse na prisão e não fosse executado. 

United States Penitentiary em Terre Haute, Indiana, a prisão federal onde Daniel Lewis Lee foi executado / Crédito: Wikimedia Commons 

Lee ficou cego e perdeu um olho, como resultado de uma briga no mundo do crime. Seus advogados disseram que para manter a reputação de "durão" ele atribuía vários crimes a si, mesmo que não os tivesse cometido. Argumentaram ainda, entre muitos fatos, que os promotores confiavam em ciência desacreditada para provar que ele seria um suposto psicopata. Não foi o bastante. Lee foi executado. 

A execução 

A pena de morte foi bem contestada por Earlene Branch, mãe da vítima Nancy Mueller. A senhora de 81 anos, assim como outros parentes dos mortos, demonstrou preocupação em comparecer à execução, uma vez que a reunião os colocaria expostos aos riscos de contaminação do novo coronavírus. 

Mas, especificamente para Branch, não era só esse o problema. Embora Lee tivesse matado sua própria filha, ela não desejava a morte do assassino. Chegou até a pedir ao presidente dos EUA, Donald Trump, clemência pela vida do supremacista, solicitando que a pena fosse de prisão pertétua. 

O motivo para a súplica era o seguinte: matar Lee, segundo a senhora, não honraria sua filha, mas "sujaria seu nome"."Ela não quer e eu não quero. Não é assim que deve ser. Não é esse Deus que sirvo", argumentou ela.

Apesar das controvérsias, o supremacista foi executado nesta terça, 14, às 08h07 (horário local), na prisão federal United States Penitentiary, em Terre Haute, Indiana. O assassino respirou antes de a droga pentobarbital ser injetada. Moveu as pernas e os pés. Enquanto era espetado, olhou assustadoramente em sua volta. 

Mesmo enquanto era executado, não confessou nenhuma culpa. "Eu não fiz", disse Lee, pouco antes da morte chegar."Cometi muitos erros na minha vida, mas não sou um assassino." Suas últimas palavras foram: "Você está matando um homem inocente."


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