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Matérias / Egito Antigo

Conheça os Faraós negros do Egito Antigo

Reinando durante os tempos bíblicos, esses Faraós vieram da Núbia, no atual Sudão

Joseane Pereira Publicado em 07/06/2020, às 08h00

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Faraós negros da 25ª Dinastia - Domínio Público
Faraós negros da 25ª Dinastia - Domínio Público

No ano de 730 a.C., algo surpreendente acontecia às margens do rio Nilo: embarcações lotadas de guerreiros desciam pela corrente, com o objetivo de conquistar o decadente Império Egípcio.

Eram guerreiros núbios do reino de Kush, liderados pelo chefe Piye, que derrotavam todas as lideranças egípcias pelo caminho.

Após um ano de lutas intensas, as tropas do governante núbio conquistaram o território, iniciando o que ficou conhecido como 25ª Dinastia.

Piye, o grande Faraó negro, se intitulava como verdadeiro Senhor do Egito, herdeiro das tradições espirituais de seus antecessores. Após a conquista do território, ele regressou a Napata, na Núbia, e nunca mais voltou ao Egito.

Por 35 anos, ele governou de longe, o que lhe rendeu o apelido de Senhor das Duas Terras. Em 721 a.C., ao morrer, ele foi sepultado no estilo faraônico tradicional: em uma pirâmide construída em El-Kurru, junto de seus cavalos.

Os faraós negros reunificaram o Egito e realizaram grandes feitos. Shabaka, irmão de Piye, mandou construir monumentos em Luxor e Tebas, e uma estátua em sua homenagem onde ele aparece com uma coroa formada por duas serpentes – simbolizando, assim, a união entre o Alto e Baixo Egito. Após sua morte, o grande guerreiro Taharqa, filho de Piye, assumiu o trono.

Apesar dos feitos realizados e monumentos deixados para a posteridade, os faraós negros foram por muito tempo ignorados ou subestimados. Isso se deu por preconceito de boa parte dos arqueólogos do século 19, que interpretavam as informações encontradas de acordo com o racismo da época.

Confrontados com evidências do controle núbio sobre o Egito, pesquisadores como George Reisner, da Universidade de Harvard, acabavam afirmando que líderes como Piye tinham a pele clara.

A partir da década de 1960 essa ideia passou a ser questionada, sendo destruída em 2003, quando estátuas de grandes faraós negros foram encontradas em território sudanês pelo arqueólogo suíço Charles Bonnet.

Hoje em dia, o controle de governantes negros sobre o Egito é um fato consolidado. A dominação terminaria apenas em 670 a.C., com a ocupação assíria da região.


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