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Matérias / Entretenimento

Conheça os fatos históricos por trás de Dunkirk, filme em alta na Netlix

Filme dirigido por Christopher Nolan retrata um dos momentos mais marcantes e comemorados da Segunda Guerra

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 20/10/2020, às 15h57

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Cena do filme Dunkirk - Divulgação/Warner Bros
Cena do filme Dunkirk - Divulgação/Warner Bros

Dunkirk mal foi disponibilizado no catálogo da Netflix e já é uma das produções mais assistidas do último final de semana. O longa, de 2017, é o primeiro filme dirigido por Christopher Nolan baseado em fatos reais. Antes dele, Nolan foi responsável pelos sucessos de A Origem, Interstelar e da trilogia de Batman, que foi interpretado por Christian Bale.  

O filme se passa em maio de 1940, quando a Alemanha nazista invade os países baixos e algumas regiões da França, o que encurrala soldados Aliados na região de Dunquerque, norte do país, que fica cerca de 300 quilômetros de Paris. 

Cena do filme Dunkirk / Crédito: Divulgação/ Warner Bros.

Os eventos do longa se baseiam no evento que começou no dia 26 daquele mês e que resultou na “Operação Dínamo”, que tinha como objetivo evacuar cerca de 400.000 soldados através do Canal da Mancha, por meio de barcos. 

Em primeiro momento, a operação parecia impossível, afinal, até mesmo o primeiro-ministro Winston Churchill esperava regatar apenas 45 mil de seus homens. Porém, com a ajuda de embarcações de civis, além da cobertura da Força Aérea Real, a missão - que ocorreu entre os dias 26 de maio e 4 de julho — se tornou um dos momentos mais marcantes e comemorados da Segunda Guerra por salvar mais de 340.000 combatentes. 

1. Erro de estratégia de Hitler? 

Além da relevância histórica do episódio, outro fator que permeia a missão é o mistério. Tudo porque, Adolf Hitler decidiu suspender os avanços das tropas nazistas e de seus tanques, que teriam Dunquerque como destino. Essa manobra lhe daria certa vantagem em relação aos Aliados.  

Porém, o motivo para tal mudança ainda gera muita discussão entre historiadores. Há quem diga que a manobra tinha como objetivo facilitar a negociação de acordos de paz, já outros afirmam que isso já estava previsto anteriormente com a mudança de foco dos alemães para Paris.  

Entretanto, o que há de concreto é que, apesar de ser um sinal de derrota, o recuo no front fez com que Churchill declarasse, em um histórico discurso ante o parlamento britânico, que “guerras não são vencidas com evacuações”. Mas, mesmo assim, o sucesso na operação virou motivo de orgulho para o Reino Unido e um grande incentivo para às tropas britânicas. 

No entanto, o filme de Nolan não usa apenas do contexto histórico para criar sua narrativa, o diretor também dramatizou fatos reais. Confira. 

2. A panfletagem nazista 

As primeiras cenas do filme mostram alguns soldados britânicos caminhando pelas ruas de Dunquerque. Nesse momento, é possível notar centenas de panfletos caindo do céu. Neles, é possível ler: “Nós te cercamos. Rendam-se e sobrevivam”. 

Panfleto usado no filme em comparação a um panfleto real / Crédito: Divulgação/ Warner Bros/ Universidade de Cornell

Isso realmente aconteceu. O exército alemão chegou a soltar centenas de panfletos destinados às tropas inimigas. Neles, havia mensagens positivas ou tentando convencer os soldados que desistir de um conflito seria o melhor para sobreviverem.

Como se pode ver na imagem acima, muitos deles tinham um mapa com a localização das tropas nazistas na região, mas diferentemente do mostrado por Nolan, eles não eram coloridos e sim em preto e branco. 


3. Ajuda de civis 

Uma das histórias paralelas mostradas no filme narra a trajetória de Sr. Dawson, junto de seu filho e um colega, saindo da Inglaterra e indo até a França de barco. O trio tinha como objetivo resgatar o maior número possível de soldados Aliados.  O que de fato ocorreu na Guerra.

Em maio de 1940, o governo britânico precisava de barcos menores para levar sua tropa até as águas mais profundas, onde seriam receptados por embarcações maiores. Assim, um anúncio na BBC, feita do Almirantado britânico, solicitou que todos os proprietários de barcos específicos deixassem suas embarcações para uso da marinha. 

Cena do filme Dunkirk / Crédito: Divulgação/ Warner Bros

Como mostrado na parte inicial do filme, muitos não deixaram seus barcos sob o cuidado de soldados e se voluntariaram para o resgate. Assim, cerca de 700 embarcações privadas, que passaram a ser conhecidas como “os barquinhos de Duquerque”, foram até a França. Inclusive, algumas delas, foram usadas nas gravações do filme.


4. O suicídio em alto mar 

Cena do filme Dunkirk / Crédito: Divulgação/ Warner Bros

Uma das cenas mais emocionantes do longa é quando alguns soldados presos em Dunquerque assistem um homem caminhar em direção ao oceano até sumir no meio das ondas. Entretanto, aquele momento que parecia ser só mais uma tentativa desesperada de voltar para casa se tornou um dos suicídios mais marcantes daquele conflito. A veracidade do fato é contada por Joshua Levine em seu livro Dunkirk: A História Real por trás do Filme. 


5. Discurso de Churchill 

Já salvos, no fim do filme, diversos soldados estão dentro de trens onde partiriam da França. Apesar do alívio de estarem vivos, muitos carregam um sentimento de vergonha por abandonarem o campo de batalha e, principalmente, por deixarem sua região ocupada por nazistas.  

Em um jornal, um dos soldados lê o seguinte texto com as declarações de Churchill: "Lutaremos nos mares e oceanos, lutaremos com espírito de confiança e força crescentes; defenderemos nossa ilha, não importa a que custo; lutaremos nas praias, lutaremos nas cabeças de praia, lutaremos nos campos e nas ruas, lutaremos nas colinas; nós nunca nos renderemos”.  

Cena do filme Dunkirk / Crédito: Divulgação/ Warner Bros

A citação, de fato, foi feita pelo primeiro-ministro britânico e estampou a capa do Daily Mirror de 5 de junho, que tinha como chamada “Nunca nos rendemos”. Apesar do sentimento de derrota, ao chegarem ao Reino Unido, eles foram recebidos com grande entusiasmo da população, que enxergava a operação como uma vitória de Guerra e um grande milagre, devido ao grande número de sobreviventes. 


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