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Matérias / Brasil

Coração fora do corpo e envenenamento: 4 curiosidades sobre os restos da família imperial brasileira

Rodeado de mortes inconclusivas para a época, as pesquisas e exames nas últimas décadas jogaram luz sobre mistérios da monarquia

Wallacy Ferrari Publicado em 15/09/2020, às 11h01

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Retrato da Família Imperial Brasileira - Getty Images
Retrato da Família Imperial Brasileira - Getty Images

A monarquia luso-brasileira chamava atenção pelas intrigas governamentais, diplomáticas e, principalmente, familiares. Entre as inúmeras passagens na história tupiniquim, as mortes de monarcas chamaram atenção pelas circunstâncias e comoveram a população com despedidas por todo o país.

Ao longo dos anos, no entanto, os restos mortais de diversas figuras da Família Imperial Brasileira foram revisitados por arqueólogos, paleontólogos e outros pesquisadores, possibilitando novas teorias e conclusões referentes ao modo de vida dos ocupantes de um império marcante.

Confira agora 5 curiosidades sobre os restos mortais da família imperial brasileira:

1. Dom Pedro I sem coração

Um pedido, feito ainda em vida pelo monarca, foi uma representação de amor pela cidade que o acolheu com carinho e confiança entre julho de 1832 e agosto 1833; no período de mais de um ano, o monarca viveu em Porto, Portugal, e por isso decidiu que, quando falecesse, seu coração seria separado do corpo e levado para a cidade.

O pedido foi cumprido após o falecimento do rei, sendo depositado em um vídeo na Igreja de Nossa Senhora da Lapa — bem longe do corpo que está na Cripta Imperial, em São Paulo. Curiosamente, o acesso ao coração não é feito por nenhum descendente, mas por funcionários que abrem fazem a manutenção da preservação de década em década.


2. Colchões de terra

Além de, literalmente, deixar seu coração na cidade que era apaixonado e disputou a guerra contra o irmão Dom Miguel I, Dom Pedro I também tinha outro item separado para seu velório relacionado a cidade de Porto. Em uma análise realizada por pesquisadores do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IGC-USP), foi descoberto 20 quilos de um material estranho em sua urna.

(Esq.) Retrato de Dom Pedro I; (dir.) crânio de Dom Pedro I / Crédito: Wikimedia Commons / Foto de Maurício Paiva

Com o exame, a equipe concluir que tratava-se de um colchão confeccionado com terra, com o material coletado na cidade portuguesa. O travesseiro que repousava o cadáver também tinha terra, mas da brasileira. Em entrevista à Aventuras na História, a pesquisadora Valdirene Ambiel explicou que pode ter sido uma homenagem do monarca para as regiões que habitaram sua mente e coração.


3. Arsênico em Dom João VI

Em março de 1826, o rei apresentou uma série de problemas de saúde, desde vômitos, colapsos nervosos e até desmaios, durante vários dias. A filha Isabel Maria se responsabilizou pela sua saúde, cuidando do pai até a morte, no nono dia do mês. Querido, a morte de D. João VI movimentou o país e atribuiu culpados para a morte, sem nenhuma comprovação.

Suas vísceras foram embalsamadas e exumadas em um pote de cerâmica chinesa, sendo analisadas apenas no ano 2000. Na ocasião, uma descoberta; os cientistas identificaram uma quantidade exorbitante de arsênico, capaz de matar um ser humano facilmente. A constatação foi responsável por possibilitar uma revisão histórica, avaliando a possibilidade de um assassinato ou suicídio do português.


4. Sumiço da filha bastarda

O segundo casamento de D. Pedro I, com Domitila de Castro, resultou em cinco filhos, sendo a última deles Maria Isabel de Alcântara Bourbon. Apesar de ser filho do monarca, não recebeu títulos ou terras por nascer em uma relação de adultério. Só teve título monárquico quando casou, aos 18 anos com Pedro Caldeira Brant, o Conde de Iguaçu, com quem vivem até a morte, aos 66 anos de idade.

Maria Isabel, a filha mais nova de Dom Pedro I com a Marquesa de Santos / Crédito: Wikimedia Commons

O corpo da condessa, no entanto, sumiu após setembro de 1896, visto que dividia o tempo entre São Paulo e Rio de Janeiro, dificultando a procura em cemitérios. A resposta surgiu em 2015, com a pesquisa do historiador Paulo Rezzutti, que localizou seu corpo junto ao da mãe no Cemitério da Consolação, em São Paulo.


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