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Matérias / Segunda Guerra Mundial

Rudolf Hess, o confidente de Hitler que foi alvo de uma teoria da conspiração

Preso por britânicos até o final da Guerra, a morte do nazista deu inicio a uma tese maluca que perdurou por muito tempo

Giovanna de Matteo Publicado em 18/08/2020, às 13h50 - Atualizado em 09/04/2021, às 09h00

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Rudolf Hess e Adolf Hitler - Wikimedia Commons
Rudolf Hess e Adolf Hitler - Wikimedia Commons

Rudolf Hess, nacional-socialista alemão e braço direito de Adolf Hitler, foi um nazista que teve uma saga singular antes e após a morte. Depois da guerra, Hess foi levado para os julgamentos de crimes de guerra de Nuremberg (Nürnberg), e condenado à prisão perpétua. Cumpriu a pena na prisão de Spandau em Berlim, onde várias teorias da conspiração nasceram a seu respeito. 

Rudolf Hess no julgamento de Nuremberg / Crédito: Wikimedia Commons

O boato mais famoso sobre o "vice-führer" era de que o homem que estava preso não era o verdadeiro Rudolf Hess, e sim um sósia. A tese foi alimentada pelo médico que cuidava dele na prisão, W. Hugh Thomas, que afirmava que a aparência física do "Hess prisioneiro" não se assemelhava com o "Hess legítimo". 

O fato de que ele teria por muitos anos se recusado a receber visitas de sua família, e também por sofrer de amnésia, acabou fazendo com que a teoria ficasse cada vez mais popular e acreditável.

No entanto, essa teoria foi descartada após cientistas conseguirem uma amostra de DNA de um parente distante de Hess, no qual, segundo a revista científica FSI Genetics, pesquisadores da Universidade de Salzburgo, na Áustria, foi usada para comparar com uma amostra de sangue do prisioneiro, que resultou numa compatibilidade de quase 100%, provando que tudo não passava de uma conspiração. Mas quem era o oficial de Hitler?

Antes do Reich

Rudolf Hess / Crédito: Getty Images

Hess era filho de um comerciante, nascido no Egito, que depois se mudou para a Alemanha, servindo no exército alemão durante a Primeira Guerra Mundial. Após o combate, ele estudou na Universidade de Munique, onde se engajou no movimento estudantil nacionalista.

Hess se filiou ao Partido Nazista em 1920 e rapidamente se tornou o confidente de Hitler. Depois de participar do abortivo Putsch, de novembro de 1923 em Munique (Beer Hall), fugiu para a Áustria, mas acabou voltando voluntariamente para a prisão de Landsberg, onde ajudou e editou grande parte do Mein Kampf, livro de Hitler onde as crenças e ideologias nazistas foram acopladas.

Em abril de 1933, com Hitler já no poder, ele se tornaria o vice-líder do partido e em dezembro entraria para o gabinete, sendo escolhido pelo próprio Führer como o segundo na linha de sucessão.

Embora Hess tenha sido um político que defendeu a ideologia nazista até os últimos dias da sua vida, durante o final dos anos 1930 e os primeiros anos da Segunda Guerra Mundial, seu poder diminuiu. Sua influência passou a ser substituída por nomes como o de Martin Bormann e outros líderes do partido. E foi assim que caiu em desgraça.

O fracasso

Na primavera de 1941, quando as forças armadas e a política externa preocupavam Hitler, Hess decidiu que encerraria a luta militar entre a Alemanha e a Grã-Bretanha por meio de um golpe elaborado por ele e, assim, restaurar seu prestígio perante o ditador. Porém, mal sabia ele que seu plano estava destinado ao fracasso.

Em 10 de maio, ele decidiu colocar o plano em ação e voar sozinho de Augsburg numa missão secreta. Ele pousou de paraquedas na Escócia com uma "proposta de paz", exigindo carta branca para a Alemanha na Europa, e o requerimento das ex-colônias alemãs, como compensação pela promessa de paz da Alemanha.

As propostas de Hess, no entanto, não obtiveram resposta do governo britânico, que o fez de prisioneiro de guerra e o manteve preso até o fim da Segunda Guerra Mundial. Seu plano foi igualmente rejeitado por Hitler, que o acusou de sofrer de "delírios pacifistas", sendo assim expulso de seu governo.

Rudolf foi encontrado sem vida no dia 17 de Agosto de 1987, em sua cela, numa tentativa de suicídio bem sucedida. Ele foi enterrado em Wunsiedel, Baviera. Mais tarde, o seu túmulo se tornou um local de peregrinação para neonazistas, o que fez com que o governo alemão movesse seu cadáver em 2011, cremando-o e espalhando suas cinzas em um lago não identificado, para que não ocorressem mais celebrações em seu nome.


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