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Matérias / Personagem

Das capas de revistas a morte trágica: a saga da modelo Gia Carangi

Por trás de todo o luxo das passarelas, a jovem estrela escondia uma vida repleta de vícios, traumas e solidão

Daniela Bazi Publicado em 03/10/2020, às 10h00

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Gia Carangi, a primeira supermodelo do mundo - Wikimedia Commons
Gia Carangi, a primeira supermodelo do mundo - Wikimedia Commons

Nos dias de hoje, grandes modelos como Gisele Bündchen, Naomi Campbell, Kate Moss, Alessandra Ambrósio, Tyra Banks e muitas outras se tornaram verdadeiras celebridades devido aos seus trabalhos no mundo da moda, atuando em parceria com importantes marcas de luxo, indo desde Victoria’s Secrets até Gucci.

Modelo dos anos 70 e 80, Gia Carangi é mulher considerada responsável por ser a percursora de todo esse universo, sendo chamada durante o auge de sua carreira como “a primeira supermodelo do mundo”.

Aclamação

Ela iniciou sua jornada profissional ainda muito nova, quando tinha apenas 17 anos, em 1978, depois que um fotógrafo de sua cidade natal Hoagie City, na Filadélfia, a convidou para fazer uma sessão de fotos que serviriam de propaganda para a loja de departamentos Bloomingdale’s localizada em Nova York.

Suas imagens parando nas mãos de Arthur Elgort, um importante fotógrafo do mundo da moda. Em menos de um ano, a garota conseguiu se tornar a maior novidade da indústria. Com apenas 18 anos fez seu primeiro grande trabalho como modelo para a marca Versace.

Além de sua estonteante beleza, Gia também chamava a atenção por ir contra alguns padrões impostos na época. Ela se vestia com roupas de homens, não gostava de utilizar maquiagem, não tinha problemas em posar nua e muitos diziam ser lésbica ou bissexual.

A supermodelo também utilizava drogas frequentemente. Em entrevistas da época, Carangi costumava dizer: "Estou finalmente começando a gostar de ser diferente. Talvez eu esteja descobrindo quem eu sou. Ou talvez eu só esteja chapada de novo”.

Todas essas suas particulares características fizeram com que ela conseguisse ser capa de importantes revistas de moda como a Vogue e a Cosmopolitan em diferentes países.

Gia Caragi em sua última capa da revista para a Cosmopolitan, em 1982 / Crédito: Wikimedia Commons

Por trás das câmeras

Apesar de seu enorme sucesso, Gia não era tão feliz quanto parecia por trás das passarelas. Segundo o The Independent, a jovem permanecia sozinha em sua maior parte do tempo.

Também carregava grandes traumas de infância, como abuso aos cinco anos de idade e abandono, no qual nunca conseguiu superar. Após terminar sua agenda extremamente lotada, ela costumava voltar para seu apartamento sem ninguém e abusar de substâncias ilícitas.

Por este motivo, as coisas em sua carreira começaram a desandar a partir de 1980, após ser presa por estar dirigindo sob efeito de drogas. No ano seguinte, quando tinha 21 anos de idade, fez uma cirurgia na mão pois, “ela havia se injetado tantas vezes no mesmo lugar que havia um 'túnel' aberto infectado que conduzia à sua veia", afirmou seu biógrafo Stephen Fried.

Logo os editores das revistas descobriram sobre o seu problema, no entanto, não se importaram já que ela continuava sendo a modelo mais importante do mercado, chegando a oferecer mais drogas para que conseguisse concluir a sessão de fotos. Em pouco tempo, Gia passou a ir direto de seu trabalho para pontos de venda de heroína em Lower East Side, Nova York.

A jovem tentou se recuperar no ano de 1984, e se internou em uma clínica de reabilitação onde passou seis meses, mas não foi o suficiente. Carangi voltou para as drogas, utilizando quantidades ainda maiores do que costumava antes do tratamento.

No ano seguinte, ela foi encontrada do lado de fora de um hospital enquanto dormia na chuva, repleta de hematomas espalhados em seu corpo. Após ser analisada pelos médicos, foi descoberto que Gia havia sido espancada e estuprada, testando positivo para Aids, responsável por seu trágico fim. A primeira supermodelo do mundo morreu em 18 de novembro de 1986, com apenas 26 anos de idade.


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