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Matérias / Monarquia

De príncipe a piloto da Primeira Guerra: O que aconteceu com os netos de Dom Pedro II?

Os filhos da Princesa Isabel com o Conde D'Eu possibilitaram que a herança da Família Real Brasileira fosse prolongada para as gerações seguintes

Wallacy Ferrari Publicado em 10/08/2020, às 10h50

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Pedro (à esq.), Luís (centro) e Antônio (à dir.) reunidos em montagem - Wikimedia Commons
Pedro (à esq.), Luís (centro) e Antônio (à dir.) reunidos em montagem - Wikimedia Commons

Apesar de ser uma das herdeiras diretas ao título de imperador, Isabel desagradava o pai Dom Pedro II, que desacreditava em uma boa gestão guiada por uma mulher. Com um sistema político em ruínas, a alternativa mais viável era consolidar uma linha de herdeiros para as futuras gerações da Família Real luso-brasileira.

Para prolongar a família, Isabel fazia questão de buscar tratamento para evitar a infertilidade — diferente da irmã Leopoldina e dos irmãos Pedro e Afonso. De acordo com o historiador Victor Villon, a monarca chegou a ter dificuldades para engravidar, chegando a se submeter a um tratamento com águas minerais em Caxambu, Minas Gerais, com a promessa de levantar um santuário no local caso engravidasse.

Dos quatro filhos do casamento de D. Pedro II com Dona Teresa Cristina, apenas Isabel conseguiu ter filhos, durante seu casamento com o francês Gastão D’Orléans, Conde D’Eu. O casal teve o primeiro filho em 1875; Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança nasceu em Petrópolis, no Rio de Janeiro e iniciou uma sequência que possibilitou a continuação da Família Imperial brasileira até os dias atuais.

O Gastão de Orléans em fotografias com a princesa Isabel / Crédito: Brasiliana Fotográfica

O primeiro e favorito

Pedro de Alcântara tinha pouca diferença de idade em relação ao irmão Luís, que nasceria três anos depois, porém, conseguia atrair olhares da política portuguesa e brasileira desde a juventude. Visto como um símbolo para uma futura reestruturação da monarquia, o jovem insistiu na restauração da monarquia, mesmo após a deposição de Pedro II pelo grupo militar do marechal Deodoro da Fonseca.

Tal posicionamento fez o garoto se tornar o favorito do avô coruja; retornou ao país de seu pai no exílio do Castelo D’Eu, na Normandia, chegando a servir como militar. Quando retornou ao Brasil, já no século 20, a extinção da monarquia já havia sido estabelecida com o molde presidencialista, mas seu título de príncipe de Orléans e Bragança se mantinha forte. Em 1908, no entanto, abdicou da alcunha, passando a faixa para Luís Maria Filipe.

Luís nasceu em 1878 e chegou a ser chamado de “o Príncipe Perfeito”, sendo destacado pelo pai desde a infância em relação ao irmão: “Bebê Pedro sempre se destaca pela indolência e a inépcia, ao passo que Luís faz exatamente o mesmo trabalho escolar sozinho, com um prestígio e uma capacidade admiráveis”, escreveu Gaston em carta no ano de 1890. Como príncipe imperial, deu prosseguimento ao trabalho do irmão, aliando os congressistas de maneira que a família imperial ainda tivesse força política.

O diferentão da família

Se por um lado os dois primeiros filhos fizeram questão de participar das decisões políticas, o caçula Antônio preferiu ser um militar de renome. Nascido em 1881, foi o último dos três filhos de Isabel e pouco fez questão de representar a família brasileira ou as origens portuguesas. Nascido em Paris, alistou-se no exército imperial do Império Áustro-Hungaro.

A sua vida militar se encontrou com a do irmão Luís em 1914, com o estouro da Primeira Guerra Mundial; Luís, decidiu combater como oficial de ligaão nas trincheiras de Flandres, mas acabou contraindo um grave tipo de reumatismo ósseo, chegando a ter as pernas paralisadas. Antônio teve ainda mais azar, pois faleceu em 1918, após sofrer uma queda no avião que pilotava em Londres com 37 anos de idade.

Luís acabou morrendo dois anos depois, com 42 anos de idade, com fortes complicações no organismo em decorrência da doença que contraiu nas trincheiras. Pedro foi o último a falecer, defendendo a família no Brasil até em seus dias finais; morreu em 1940, em Petrópolis, com 64 anos de idade.


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