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Matérias / Personagem

De soldado da SS ao comando de Auschwitz: o impiedoso Rudolf Höss

Nascido há 119 anos, o oficial construiu uma carreira sólida no partido nazista, conquistando a confiança de seus superiores

Pamela Malva Publicado em 25/11/2020, às 19h00 - Atualizado às 19h16

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Fotografia de Rudolf Höss no campo de concentração - Wikimedia Commons
Fotografia de Rudolf Höss no campo de concentração - Wikimedia Commons

Desde muito jovem, Rudolf Höss sempre foi um menino solitário. Original de uma família religiosa e filho de um ex-oficial militar, o garoto aprendeu a ser um pequeno fanático, pronto para defender a moral e os bons costumes da Alemanha.

Nascido há exatos 119 anos, em 25 de novembro de 1901, o menino cresceu ao lado de mais duas irmãs. Mais novo entre os três filhos do casal, Rudolf tinha poucos amigos de sua idade: no geral, ele preferia criar laços com pessoas mais velhas.

Poucos poderiam esperar, no entanto, que aquele menino introvertido logo se tornaria um funcionário da Schutzstaffel (SS) durante a Segunda Guerra. Na organização, ele se tornou o primeiro comandante do campo de concentração de Auschwitz.

Retrato de Rudolf Höss / Crédito: Wikimedia Commons

Jovem fardado

A carreira militar de Rudolf começou quando o menino era apenas um adolescente. Com o advento da Primeira Guerra Mundial, ele serviu em um hospital militar, mas logo foi realocado para o 21º Regimento de Dragões do Exército Alemão, aos 14 anos.

Pouco tempo depois, o garoto se tornou o mais jovem oficial não comissionado do exército alemão, aos 17 anos. Condecorado e com seus serviços reconhecidos, ele voltou para casa momentos antes do armistício, evitando uma possível detenção.

Ao final da Primeira Guerra, Rudolf terminou de estudar, mas não conseguiu se desvencilhar do serviço militar. Em meados de 1922, então, o jovem assistiu a um discurso de Adolf Hitler e, admirado, entrou para o Partido Nazista.

Fotografia de judeus no campo de concentração de Auschwitz / Crédito: Wikimedia Commons

Oficial de comando

Membro do Freikorps, um grupo irregular formado por militares, Rudolf chegou a ser preso pelo espancamento e assassinato do professor Walther Kadow, que teria denunciado um esquema de sabotagens. Considerado o líder do grupo que cometeu o homicídio, Rudolf foi condenado a dez anos de prisão, em meados de 1923.

Graças a uma anistia que promovia o estilo de vida rural, o jovem acabou sendo solto em julho de 1928. No ano seguinte, Rudolf casou-se com Hedwig Hensel, com quem teve cinco filhos. Na mesma época, conheceu Heinrich Himmler.

Uma vez apresentado aos ideais do representante alemão, Rudolf ingressou na SS. Não demorou, então, até que ele fosse designado para o campo de concentração de Dachau, em dezembro de 1934. Daquele ano em diante, a carreira do homem tomou outro rumo.

Richard Baer, Josef Mengele e Rudolf Höss, respectivamente, em 1944 / Crédito: Wikimedia Commons

Nos campos de concentração

Em meados de 1938, Rudolf foi promovido para o posto de capitão e, logo em seguida, tornou-se o principal ajudante de Hermann Baranowski no campo de concentração de Sachsenhausen. Foi só depois, todavia, que o militar chegou ao posto pelo qual ficaria conhecido: no dia 1º de maio de 1940, ele se tornou comandante de Auschwitz.

Durante três anos, Rudolf tentou fazer com que Auschwitz se tornasse um campo mais eficiente que Sachsenhausen e Dachau jamais foram. Para isso, ele passou a viver no lugar, ao lado de sua esposa e dos cinco filhos, em uma vila exclusiva.

Inicialmente, o campo recebeu apenas presos políticos, inimigos da nação. Em 1941, no entanto, Rudolf descobriu que Auschwitz teria sido escolhido para o extermínio de judeus, por ser de fácil acesso pelo trem e por facilitar o isolamento do grupo.

Testes e assassinato em massa

Em setembro de 1941, com a nova atividade em mãos, Rudolf começou a testar novas formas de cometer assassinatos em massa. Em um primeiro momento, pequenas câmaras de gás foram construídas na floresta, para não chamar atenção.

Com a chegada de mais e mais judeus, entretanto, outras quatro grandes instalações e crematórios foram erguidos em Birkenau, uma das divisões de Auschwitz. Nas as câmaras de gás, os judeus eram mortos por ácido sulfúrico e, mais tarde, cianeto.

Foi apenas após uma polêmica envolvendo um suposto caso entre Rudolf e uma prisioneira do campo de concentração, que o comandante foi afastado de seu cargo. Não se sabe exatamente se a relação foi o motivo do afastamento, mas é amplamente conhecido o fato de que Rudolf passou a trabalhar no escritório administrativo da SS.

Rudolf Höss no dia da sua execução, em meados de 1947 / Crédito: Wikimedia Commons

O fim de um carrasco

Ao fim da Segunda Guerra Mundial, Rudolf só foi capturado pelas forças britânicas depois que sua esposa entregou seu paradeiro, em 1946. Ela teria revelado o esconderijo do marido porque seu filho estava sendo torturado pelos ingleses.

“Comandei Auschwitz até 1º de dezembro de 1943 e estimo que pelo menos 2.500.000 vítimas foram executadas e exterminadas ali por gás e queima”, escreveu ele, em seu testemunho. Pelos crimes, Rudolf foi condenado à morte por enforcamento, em 1947.

Enquanto esperava por sua execução, o ex-militar escreveu suas memórias, que foram publicadas em 1956. Em 16 de abril de 1947, Rudolf Höss foi levado até Auschwitz, onde foi executado, no mesmo lugar onde foi responsável pela morte de milhões de pessoas.


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