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Matérias / Crimes

Dean Corll: o serial killer que foi morto pelo próprio cúmplice

Aos 14 anos de idade, Elmer Wayne Henley Jr. foi apresentado ao homicida que tornou-se seu mentor. Era o começo de uma tragédia

Nicoli Raveli Publicado em 03/03/2020, às 17h49

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Dean Corll, à esquerda e Elmer Wayne Henley Jr, à direita - Wikimedia Commons
Dean Corll, à esquerda e Elmer Wayne Henley Jr, à direita - Wikimedia Commons

Um dos piores serial killers da América, Dean Corll, não imaginava que sua morte seria causada por um jovem promissor. Isso porque aos 14 anos de idade, Elmer Wayne Henley Jr. foi apresentado ao homicida que tornou-se seu mentor. 

Elmer nasceu em 1956 e teve uma infância infeliz. Seu pai, Henley Sr. era alcoólatra, violento e abusivo com a família. Devido a situação, a mãe do garoto decidiu abandonar o pai e levou os filhos consigo. 

Até os 14 anos, o garoto presenciou muitos fatos desagradáveis em casa. Ao deixar seu pai, ficou perdido sem uma figura masculina e se apoiou em Corll. “Eu precisava da aprovação de Dean. Eu também queria sentir que era homem o suficiente para lidar com meu pai”, disse o jovem em uma entrevista para um documentário.

Nessa época, Henley abandonou o ensino médio e conheceu David Owen Brooks. Os dois percorriam o bairro de Houston Heights, no Texas, consumindo bebida alcoólica e jogando sinuca. 

O primeiro contato de Elmer e Corll aconteceu por meio de Brooks. Aos 12 anos, David conheceu o assassino que passava grande parte de seu tempo na fábrica de doces de sua mãe. Dean se aproveitava da vulnerabilidade do menino, já que o pai de Brooks castigava constantemente o filho. O criminoso ofereceu-lhe um lugar para ficar quando não queria ir para casa.

Elmer aos 17 anos à esquerda e Dean à direita / Crédito: Daily Mail

Quando o garoto completou 14 anos, Corll o molestou pela primeira vez. Para agradá-lo, ele o presenteava e oferecia dinheiro. Pouco tempo depois, Brooks o encontrou molestando outros jovens, e foi então que o assassino o comprou um carro e, em troca, o jovem teria que trazer mais meninos para que o mentor molestasse.

Em 1971, Brooks apresentou Henley a Dean, supostamente com a intenção de vendê-lo ao estuprador. O jovem ficou inicialmente fascinado pelo homem. Após pouco tempo de amizade, o assassino contou sobre uma organização de Dallas de meninos e jovens traficados."Dean me disse que me pagaria 200 dólares por cada garoto que eu pudesse trazer e talvez mais se fossem realmente garotos bonitos", afirmou Elmer.

O garoto saiu em busca de jovens para Corll. Em pouco tempo de busca, ele voltou ao apartamento acompanhado de outro menino. Como prometido, Henley recebeu o dinheiro no dia seguinte. Mais tarde, ele assumiu que o garoto foi vendido para a organização de Dallas, mas descobriu que Dean havia agredido sexualmente o menino e o assassinado.

De acordo com Elmer, ele continuou a levar jovens para a residência do criminoso. Em 1973, ele levou dois amigos para o torturador. Os adolescentes desmaiaram e foram amordaçados, inclusive Henley. Ao recuperar a consciência, o jovem convenceu Dean a matar somente os dois amigos. O assassino concordou e os levou para o tabuleiro de tortura enquanto portava uma arma. 

Naquele momento, o torturador deixou sua arma de lado para provocar os amigos do cúmplice. No entanto, de acordo com uma das supostas vítimas, algo em Henley havia mudado. “Ele ficou aos meus pés e, de repente, disse a Dean que isso não podia continuar, ele não podia deixá-lo continuar matando seus amigos e que isso precisava parar”, afirmou um dos amigos.

Henley e as autoridades procuram mais vítimas dos assassinatos / Crédito: Wikimedia Commons

O garoto atirou na testa de Corll e três vezes em seu ombro. Quando o assassino caiu no chão, Henley disparou mais dois tiros em suas costas. Após matar o homicida, ele ligou para a polícia para informar o ocorrido e os forneceu o endereço da residência de Dean,  em Houston. 

Em julho de 1974, o garoto foi acusado de seis assassinatos, mas a morte do mentor foi considerada legítima e ele não foi acusado. Ele foi condenado a prisão perpétua.


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