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Matérias / Coronavírus

Destaque mundial: As cientistas brasileiras que sequenciaram o coronavírus em tempo recorde

No ano passado, duas pesquisadoras foram responsáveis por uma pesquisa que revelou informações importantes sobre o vírus

Isabela Barreiros, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 16/01/2021, às 08h00

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As pesquisadoras Ester Sabino e Jaqueline Goes de Jesus - Divulgação - Rede Globo
As pesquisadoras Ester Sabino e Jaqueline Goes de Jesus - Divulgação - Rede Globo

A pandemia do novo coronavírus trouxe enormes desafios, principalmente para a Ciência. Tudo deve ser feito o mais rápido possível, o que é a meta dos pesquisadores desde o começo do surto da doença, que, no Brasil, aconteceu no primeiro semestre de 2020. E por isso, muitos trabalhos importantes são feitos por especialistas.

No final de fevereiro do ano passado, duas brasileiras foram responsáveis por sequenciar o genoma do coronavírus em uma velocidade impressionante.

A média da maioria dos países estava em 15 dias após a descoberta dos primeiros casos da doença, mas essas cientistas fizeram o que parecia o impossível: chegaram ao resultado em 48 horas.

Ester Sabino, diretora do Instituto de Medicina Tropical da USP e Jaqueline Goes de Jesus, pós-doutoranda na Universidade de São Paulo (USP), conseguiram sequenciar o genoma a partir de uma tecnologia trazida ao Brasil para realizar o sequenciamento do ZIKA vírus, conhecida como MinION.

As pesquisadoras Ester Sabino e Jaqueline Goes de Jesus / Crédito: Divulgação - Fapesp/UFBA

Sabino coordena o Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (CADDE), junto com Nuno Faria, da Universidade de Oxford. E, ao lado de equipes do Instituto Adolfo Lutz, da USP e de Oxford, realizou o importante estudo.

“Por meio desse projeto foi criada uma rede de pesquisadores dedicada a responder e analisar dados de epidemias em tempo real. A proposta é realmente ajudar os serviços de saúde e não apenas publicar as informações meses depois que o problema ocorreu”, explicou a pesquisadora à Agência Fapesp na época.

A pesquisa foi realizada a partir do resultado obtido no primeiro caso confirmado de covid-19 no país. Com o sequenciamento, é possível entender a dispersão do vírus, além de ser importante para o possível desenvolvimento de vacinas e diagnósticos. 

“Ao sequenciar o genoma do vírus, ficamos mais perto de saber a origem da epidemia. Sabemos que o único caso confirmado no Brasil veio da Itália, contudo, os italianos ainda não sabem a origem do surto na região da Lombardia, pois ainda não fizeram o sequenciamento de suas amostras. Não têm ideia de quem é o paciente zero e não sabem se ele veio diretamente da China ou passou por outro país antes”, disse Sabino ao veículo.

O sequenciamento em questão nada mais é do que a leitura do genoma de um organismo, conforme explicado por duas pesquisadoras da equipe envolvida, Camila Malta Romano e Maria Cássia Jacintho Mendes Corrêa, ao Blog da Saúde, mantido pelo Ministério da Saúde do Brasil.

Imagem meramente ilustrativa de laboratório / Crédito: Divulgação/Pixabay

“Todos os organismos vivos são compostos por DNA, ou RNA. Tanto um como outro são formados por um conjunto de letras (bases nitrogenadas) que funcionam como um código (palavras)”, explicam. “Portanto, como analogia, entenda-se que o genoma é o conjunto de palavras de um livro, que só pode ser lido se cada letra de cada palavra for corretamente identificada. No caso da coronavírus, seu genoma é de RNA”.

Pandemia

O coronavírus continua avançando no mundo todo, fazendo cada vez mais vítimas. No Brasil, mais de oito milhões de pessoas já foram infectadas com o vírus. No entanto, a vacina contra a covid-19 mostra-se cada vez mais próxima, o que apenas é possível devido a pesquisas como essa. 

O estudo do sequenciamento do novo coronavírus realizado no Brasil, liderado pelas duas cientistas, ganhou destaque mundial devido à sua rapidez e eficiência, colocando Ester Sabino, Jaqueline Goes de Jesus e sua equipe nos noticiários de todo o país.


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