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Matérias / Monarquia

A distante e fria relação entre o Príncipe Charles e sua mãe, Elizabeth II

As muitas atribuições de uma monarca dificultaram a intimidade entre Charles e Elisabeth, com reflexos até os dias atuais

Caio Tortamano Publicado em 02/04/2020, às 18h41

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Rainha Elizabeth e Príncipe Charles na abertura do parlamento, em outubro de 2019 - Getty Images
Rainha Elizabeth e Príncipe Charles na abertura do parlamento, em outubro de 2019 - Getty Images

Família não é bem uma escolha, o que pode levar as pessoas a terem diversos conflitos com as suas próprias. Isso, inclusive, não se estende somente para os anônimos e pessoas normais. Não são poucos os casos de desentendimentos familiares entre famosos e personalidades que chamam a atenção dos tabloides. Quando se trata de realeza, a Rainha Elizabeth II e o Príncipe Charles são um desses exemplos de relações conturbadas.

De acordo com declarações de uma fonte da realeza não identificada para o jornal The Sun, a relação de mãe e filho sempre foi bastante conturbada. “A relação entre a Rainha Elizabeth e Príncipe Charles sempre foi complicada, até como o vínculo de uma mãe com o filho mais velho ou a de uma complexa relação de expectativas entre uma monarca e seu herdeiro”.

Charles acredita que sua mãe sempre foi muito fria, distante e, principalmente, ausente. Isso porque se você é a autoridade real máxima de um reino suas atribuições são definitivamente diversas, em muitas partes do mundo.

Poucos meses depois de ser coroada, Elizabeth e seu marido, Príncipe consorte Phillip, Duque de Edimburgo, saíram para uma longa expedição pela Commonwealth — liga de países que ainda fazem parte do Reino Unido de alguma forma, seja como estados independentes ou até mesmo locais que reconhecem a Rainha como chefe de Estado, no caso da Austrália e o Canadá.

Entre novembro de 1953 e maio de 1954, 13 países dessa liga foram visitados. O que fez com que a monarca passasse muito tempo longe de casa. Enquanto isso, seus filhos, Charles e Anne ficaram em casa sob os cuidados da mãe de Elizabeth e suas ajudantes. Mas não foi o único exemplo.

Não faltou amor e carinho na criação das crianças pela avó e nem pelas tutoras, mas é evidente que a ausência dos pais era sentida pelos filhos. O historiador Robert Lacy explicou essa suposta falta de empatia se deu pelo simples fato de que Elizabeth foi criada dessa maneira.

Na biografia autorizada do Príncipe Charles, The Prince of Wales: A Biography, Jonatahn Dimbleby conta que grande parte dos avanços e conquistas do inglês em sua infância foram presenciadas pelo grupo de funcionarios e babás que viviam em volta dele, e não por sua mãe.

O tempo para as crianças já era curto antes da morte de George VI, pai de Elizabeth II. E ficaria ainda pior quando Elizabeth assumiu o trono e teve ainda menos oportunidades de ficar com seus filhos. Claro que isso, por si só, não representaria um relacionamento conturbado, no entanto, a rotina da rainha não privilegiava o tempo com os filhos.

A autora de outra biografia de Charles, Sally Bedell-Smith, revelou que a monarca sempre curtia o tempo com as crianças durante o café da manhã e o chá da tarde. Todavia, para a frustração dos filhos eram sempre episódios marcados pelas regras de etiqueta que a posição da família na realeza britânica exigiam, ou seja, nunca tão afetuosos.

Em contrapartida, por mais que a relação de Charles com a sua mãe não seja forte, o envolvimento que o Príncipe de Gales tinha com a Rainha Mãe era completamente diferente e conhecido. Em uma carta de 1954, por exemplo, Elizabeth descreve o príncipe como intensamente afetuoso.

Além disso, a avó pontua que o neto amava muito a mãe e o pai, e que ele sempre seria um filho amoroso e agradável para os pais. A recíproca era verdadeira, quando a Rainha Mãe faleceu em 2002, Charles disse: “Para mim, ela significava tudo. Eu temia muito, muito por esse momento. Acima de tudo, ela conseguia enxergar o lado engraçado de todas as coisas, e nós ríamos juntos até lacrimejar. Como eu sentirei saudade dessas risadas...”

O Príncipe Charles deve ser o sucessor do trono caso a Rainha Elizabeth II, sua mãe, renuncie ao cargo ou venha a falecer. Sua avó morreu aos 102 anos e, ao que tudo indica, a monarca tem tudo para viver tanto quanto ela, tornando cada vez mais difícil que Charles venha assuma o posto máximo do Reino Unido.


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