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Matérias / Personagem

Do caos no navio ao túmulo sem marcação: John Hopkins, o herói desconhecido do Titanic

Não fosse pelo papel de Hopkins na noite da tragédia, o triste episódio teria feito mais vítimas

Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 28/01/2021, às 10h11

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Ilustração do navio Titanic naufragando - Getty Images
Ilustração do navio Titanic naufragando - Getty Images

Havia mais de duas mil pessoas - somando passageiros e tripulação - a bordo doTitanicem sua viagem inaugural, quando o transatlântico caiu em desgraça ao se chocar com um iceberg, e sofreu um trágico naufrágio em meio às águas internacionais. 

Entre todas essas pessoas - tanto as 706 que tiveram a sorte de sobreviver ao desastre, quanto às outras tantas que afundaram junto ao navio - existem ainda histórias que permanecem como mistérios para a atualidade. 

Uma delas, todavia, foi trazida à superfície em maio de 2016, quando esforços da Titanic International Society, que é uma ONG cujo objetivo é preservar a memória do célebre transatlântico, identificaram o túmulo de um herói esquecido da tragédia

Mistério revelado 

O irlandês Robert John Hopkins tinha 43 anos de idade quando embarcou no Titanic. Ele vivia nos Estados Unidos desde 1900, quando se mudou para o país norte-americano com sua esposa Annie Graham Hopkins.

As informações sobre ele foram divulgadas pelo site da ONG, que foi capaz de reunir o material em colaboração com a Arquidiocese de Newark e os descendentes do irlandês. 

Durante os onze anos prévios ao naufrágio que chocou o mundo, Hopkins viveu no distrito de Manhattan, em Nova York, onde teve dois filhos, um chamado James e outro com o mesmo nome que o seu, Robert.

Infelizmente, sua esposa acabou sofrendo uma morte prematura em 1907, fazendo com que ele decidisse enviar os meninos para morar com parentes na Inglaterra.

Em 1911, afinal, quando entrou a bordo do famoso transatlântico, John não estava ali a passeio, como muitos, e sim a trabalho: ele era um marinheiro do Titanic. 

Fotografia do Titanic no porto / Crédito: Wikimedia Commons

Momentos críticos 

No fim, sua atuação acabou sendo de grande importância nos momentos de pânico que se seguiram após a tripulação perceber que o navio estava afundando, e começar a distribuir os passageiros entre os botes salva-vidas - que, vale lembrar, não eram suficientes para todos. 

Hopkins foi designado para o bote 13, e após atingir o mar, percebeu a tempo que naquela correria para salvar quem fosse possível, outro bote já estava sendo preparado antes do deles ser liberado para flutuar para longe do navio. 

O número 15 poderia ter caído bem em cima de suas cabeças, não fosse à eficiência do marinheiro irlandês em cortar as cordas que os conectavam ao Titanic. Para tanto, ele usou o canivete de outra passageira que estava com ele, chamada Delia McDermot

Seus reflexos rápidos foram responsáveis por manter sãos e salvos os membros do bote 13. 

Fotografia do iceberg que teria causado o naufrágio do Titanic / Crédito: Wikimedia Commons

Depois da tragédia 

Embora a experiência de um naufrágio seja marcada pelo trauma, Hopkins manteve sua profissão nos anos posteriores ao episódio. Ele passou o restante de sua vida trabalhando nos portos dos Estados Unidos, até que faleceu em 1943, aos 75 anos de idade. 

Seu túmulo permaneceu sem marcação por décadas, até que seu papel histórico em um dos mais famosos naufrágios da História da humanidade foi resgatado pela pesquisa de Titanic International Society, que encomendou uma pedra em memória de John Hopkins

“Mesmo agora, 104 anos após a perda do navio, a história do Titanic continua a adicionar novos capítulos, à medida que a pesquisa contínua contribui com um conhecimento adicional sobre o navio e seu povo”, comentou a respeito do caso o co-fundador da ONG, Charles A. Haas. Suas palavras foram divulgadas pelo site da organização.


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