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Matérias / Brasil

Do idioma à culinária: Forçados à escravidão, africanos tiveram grande influência no Brasil

Confira algumas das influências dos povos africanos na nossa cultura

Redação Publicado em 18/11/2021, às 10h28 - Atualizado em 13/05/2022, às 08h00

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"Jogar capoeira" ou Danse de la Guerre - Domínio público / Johann Moritz Rugendas
"Jogar capoeira" ou Danse de la Guerre - Domínio público / Johann Moritz Rugendas

Em um contexto sombrio de nossa história, marcado por inúmeras injustiças e pelo sofrimento humano, inestimáveis foram as influências africanas nos mais diversos aspectos da cultura brasileira.

Podemos enxergar, ainda hoje, traços dessa rica herança tanto em nosso idioma, quanto em nossa culinária, entre outros pontos que ajudaram a formar o conceito do que é ser brasileiro.

A seguir, confira alguns exemplos de importantes contribuições.

Música

Diversos são os instrumentos que hoje acabam sendo utilizados na música nacional e que vieram de regiões africanas. Entre eles estão os conhecidos atabaque, tambor, marimba, cuíca e o ainda o berimbau.

Além disso, também foi a partir da introdução de elementos das culturas dos povos escravizados que surgiram, no brasil, ritmos como o samba, o maracatu, a congada, o lundu, o afoxé e a capoeira, conforme informações da revista Recreio.

Grupo dança o tradicional maracatu no Rio de Janeiro / Crédito / Getty Images

Idioma

Muitas das palavras que conhecemos e utilizamos em nosso dia a dia têm como origem idiomas africanos, como, por exemplo, o quimbundo, falado em Angola.

As palavras moleque (muleke) e caçula (kasule) são alguns dos termos introduzidos em nossa língua e que mantiveram seu significado original.

Outros se alteraram com o tempo, como cafuné (kifunate), que inicialmente significaria algo como "torcer a cabeça".

Já alguns vocábulos como banguela (benguela), possuem origem curiosa. Como era costume de muitas pessoas da região angolana de Benguela arrancar seus dentes, passou-se a associar o termo à característica desses indivíduos, dando ao termo o significado que conhecemos atualmente. Outra palavra bem conhecida e que faz parte da lista é quindim (kénde).

Escravizados domésticos no Brasil no século 19 / Crédito: Domínio público / Jean-Baptiste Debret

Culinária

E por falar em quindim, grande foi a influência dos africanos na alimentação dos brasileiros. O próprio doce anteriormente citado, apesar de hoje ser feito com ingredientes diferentes, é inspirado em uma espécie de pudim feito à base de milho ou mandioca.

Muitas das mulheres negras escravizadas trabalhavam como cozinheiras e faziam comidas típicas de seus países de origem. Foi assim que os brasileiros passaram a incluir leite de coco em suas receitas e a comer alimentos como o vatapá, o acarajé a pamonha e o caruru, todos influenciados pela culinária africana.

Família brasileira do século 20 sendo servida por escravizados / Crédito: Domínio público / Jean-Baptiste Debret

Introdução de novos animais

Até mesmo animais que não existiam originalmente no país foram introduzidos a partir do contato com a África. Um exemplo é a galinha-d'angola, também conhecida como cocá, conquém, angolinha e galinhola.

Crenças

A influência das religiões de matriz africana também se mostrou muito forte no Brasil, permanecendo viva até os dias de atuais.

Diversas tradições religiosas vindas de diferentes regiões do continente africano se uniram ao catolicismo no brasil. Do sincretismo, surgiram religiões como a Umbanda e o Candomblé, que seguem com grande número de adeptos.


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