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Matérias / Personagem

Do insano apetite a morte misteriosa: 5 fatos sobre o monarca Dom João VI

Publicamente, o marido de Carlota Joaquina mantinha uma imagem conservadora — bem diferente da postura no palácio imperial

Wallacy Ferrari Publicado em 10/06/2020, às 11h36

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O imperador Dom João VI - Wikimedia Commons
O imperador Dom João VI - Wikimedia Commons

1. O grande apetite

Registros históricos relatam que Dom João VI gostava de fartura; chegava a fazer refeições com doze pratos na mesa. Com sopa, cozidos, assados e massas, o rei se esbaldava junto a esposa com as opções na mesa. Os acompanhamentos obrigatórios eram frutas, queijos, doce e pães, que raramente sobravam na presença do português.

Nos almoços, João chegava a comer três frangos com pães e frutas. Em entrevista ao ISTOÉ, a historiadora portuguesa Ana Roldão acrescentou mais informações sobre seu apetite de leão: “Dom João descascava cinco mangas depois de comer três frangos. Eu vi a camisola de Dom João. Dá para ver que ele era um homem grande e aí entende-se o tamanho de seu apetite”.


2. Medo de chuva

Na obra ‘1808’, o escritor Laurentino Gomes acrescentou um dos receios do extravagante rei; João morria de medo de trovões. Em ocasiões chuvosas, o português se precavia de qualquer maneira para se esconder de raios, chegando a se trancar na residência oficial e trancar todas as janelas até que o temporal acabasse.

No livro ‘Brasil: que raio de história’, um relato inusitado acrescenta a possível origem do trauma, quando uma forte tempestade abalou os 46 navios que traziam 15 mil pessoas, incluindo membros da corte e funcionários. O contratempo resultou em diversos raios atingindo as embarcações, sem grandes prejuízos, porém, em cenas relatadas como “amedrontadoras”.


3. Casamento fracassado

Em uma cerimônia arranjada para afirmar laços familiares entre as famílias imperiais de Portugal e da Espanha, há registros de que Dom João VI não foi com a cara de Carlota Joaquina desde que se viram pela primeira vez. Criado em um ambiente estritamente conservador, a personalidade enérgica e provocadora da companheira era incondizente com seus interesses.

Dom João e Dona Carlota quando adultos / Crédito: Wikimedia Commons

Além de dormirem em quartos separados, com o passar dos anos desta união, os mesmos só se encontravam em ocasiões oficiais, tendo uma união apenas no papel. Mesmo com o afastamento, Carlota conseguiu exercer a função de rainha definitiva de Portugal.


4. Masturbador oficial do rei

De acordo com os historiadores Tobias Monteiro e Patrick Wilcken, o rei teria tido diversas experiências sexuais com outro homem, sem interesse amoroso. Devido a péssima vida sexual ao lado da esposa, João designou seu camareiro favorito, Francisco de Sousa Lobato, para ‘pôr a mão na massa’; o funcionário tinha a missão de masturbar o rei com frequência, realizando a tarefa com todo o cuidado necessário.

O relato chega a ser considerado um boato maldoso por membros da corte, porém, acredita-se que um padre, chamado Miguel, teria flagrado a cena bizarra e ficado em pânico. Para evitar que o fato se tornasse público, a corte teria deportado Miguel para Angola, porém, o mesmo deixou uma carta relatando o ato. Lobato, por sua vez, recebeu diversas honrarias e títulos de prestígio durante o governo de João.


5. Mistério em sua morte

No início de março de 1826, D. João apresentou diversos problemas de saúde, desde vômitos, colapsos nervosos e até desmaios, durante vários dias. A pedido do próprio pai, sua filha, Isabel Maria, ficou ao seu lado, responsável por sua saúde e qualquer emergência imediata. Na noite do dia 9, as dores intensificaram, resultando em sua morte durante a madrugada. A jovem assumiu o governo de maneira interina até a nomeação de D. Pedro como herdeiro.

Retrato de Dom João VI / Crédito: Wikimedia Commons

Seu corpo foi embalsamado, porém, parte de suas vísceras foram exumadas em um pote de cerâmica chinesa. Em 2000, uma equipe de pesquisadores teve acesso aos restos mortais e, com auxílio de análises digitalizadas, os cientistas identificaram uma letal quantidade de arsênico, edificando a possibilidade de um assassinato ou suicídio do português.


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