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Matérias / Brasil

De Euclides da Cunha à Guimarães Rosa: 5 fatos pessoais pouco conhecidos sobre escritores brasileiros

Importantes passagens sobre grandes nomes da literatura brasileira estiveram de fora de suas obras de sucesso

Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 12/10/2021, às 08h00 - Atualizado em 23/03/2023, às 17h50

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Personalidades listadas ao longo da matéria - Domínio Público via Wikimedia Commons
Personalidades listadas ao longo da matéria - Domínio Público via Wikimedia Commons

A literatura brasileira possui diversos fatos interessantes que não são muito falados a respeito, desde acontecimentos bizarros da vida pessoal de escritores famosos a marcos da trajetória literária nacional que simplesmente passam despercebidos até mesmo para quem se considera amante dos livros produzidos na terra do pau-brasil. 

Conheça abaixo alguns desses eventos curiosos! As informações foram documentadas por uma reportagem de 2017 da Galileu, que foi escrita com informações Marcel Verrumo, que já lançou um livro sobre a literatura brasileira

1. Pero Vaz de Caminha 

Um dos primeiros documentos da história brasileira é a conhecida “Carta do Achamento do Brasil”,  que foi redigida pelo escrivão Pero Vaz de Caminha (1450 - 1500) e detalha as primeiras impressões que o português teve das terras brasileiras e também dos nativos, assim nos fornecendo um pequeno mergulho na mentalidade dos europeus da época. 

Um detalhe relativamente desconhecido desse acontecimento, todavia, é que Caminha não era o escrivão oficial da frota - o ocupante desse cargo, na verdade, era um homem chamado Gonçalo Gil Barbosa, que infelizmente faleceu durante a longa viagem através do oceano.

Ao tomar o lugar dele nessa tarefa, Pero aproveitou para incluir um pedido ao Rei Manuel, que receberia o documento: ele clamou pela libertação de seu genro, Jorge de Osório, que estava na prisão após assaltar uma igreja. O rei de Portugal até decidiu conceder esse favor, mas o fez apenas depois da morte de Caminha. 

2. Nísia Floresta 

Apesar de seu nome provavelmente não soar familiar para a maioria dos brasileiros, Nísia Floresta (1810 - 1885) foi parte de um dos grandes marcos de nossa literatura, ao se tornar a primeira mulher a publicar um livro no Brasil. 

Um dos temas mais recorrentes das obras da brasileira, inclusive, foi justamente o machismo da sociedade brasileira. Nísia ainda abordou as injustiças sofridas por outras minorias, como os negros e os indígenas, destacando como o sofrimento que o colonialismo lhes impôs. 

3. Olavo Bilac 

Desenho de Olavo Bilac / Crédito: Wikimedia Commons

O poeta parnasiano Olavo Bilac (1865 - 1918), como a autora acima, também inaugurou algo que nunca havia sido feito por aqui, e não estamos falando do fenomenal legado literário dele, e sim de um fato curioso de sua vida pessoal: o escritor esteve envolvido no primeiro acidente de carro ocorrido no Brasil. 

Ele estava dirigindo o carro de um colega jornalista quando, ao fazer uma curva, acabou batendo em uma árvore. Tanto Olavo quanto seu amigo saíram sem um arranhão, entretanto, o mesmo não pôde ser dito do veículo, que teve perda total. 

4. Euclides da Cunha 

Ilustração de Euclides da Cunha / Crédito: Wikimedia Commons 

Mais conhecido por sua famosa obra “Os Sertões”, Euclides da Cunha (1866 - 1909) teve uma morte dramática: ele foi ferido fatalmente durante uma troca de tiros com o amante de sua esposa, que se chamava Dilermando. O autor havia procurado o homem para tentar vingar a traição que havia sofrido. 

De maneira ainda mais trágica, o filho do escritor brasileiro, chamado Euclides da CunhaFilho, acabou sendo morto pelo mesmo homem, quando tentou vingar a morte do pai anos depois. Dilermando até tentou evitar o embate, mas ao ser encurralado em uma situação de vida ou morte, acabou desferindo outro disparo mortal, o caso já foi repercutido pela BBC. 

5. Guimarães Rosa 

Além de ter escrito “Sagarana”, “Grande Sertão: Veredas” e outros clássicos da literatura nacional, Guimarães Rosa (1908 - 1967) também foi um verdadeiro herói da vida real ao ajudar sua esposa a trazer para o Brasil quase uma centena de judeus presos na Alemanha nazista. Vale dizer ainda que, na época, o que eles estavam fazendo era considerado ilegal pelo governo Vargas

O feito só foi possível porque Aracy Moebius de Carvalho, a esposa de Rosa, trabalhava na embaixada brasileira do país. A despeito dos riscos, ela conseguiu fazer com que seu chefe assinasse sem perceber documentos autorizando a viagem desses judeus para cá, enquanto o escritor ficou responsável por conseguir passaportes falsos para todos eles.


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