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Matérias / Drogas senolíticas

Drogas senolíticas podem aumentar a proteína protetora contra doenças e aspectos do envelhecimento

Pesquisadores da Mayo Clinic fizeram uma descoberta intrigante

Rubens de Fraga Júnior* Publicado em 17/05/2022, às 10h44

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Imagem meramente ilustrativa - Pixabay
Imagem meramente ilustrativa - Pixabay

Pesquisadores da Mayo Clinic dizem que as drogas senolíticas podem aumentar uma proteína-chave no corpo que protege os idosos contra aspectos do envelhecimento e uma série de doenças. Suas descobertas, publicadas na eBioMedicine, demonstram isso em estudos com camundongos e humanos.  

Senolíticos desenvolvidos na Mayo Clinic limpam da corrente sanguínea células senescentes ou "zumbis", que contribuem para múltiplas doenças e aspectos negativos do envelhecimento. O estudo mostra que a remoção de células senescentes aumenta significativamente a produção de uma proteína protetora chamada α-Klotho.  

"Mostramos que existe um caminho para uma abordagem de pequenas moléculas oralmente ativas para aumentar essa proteína benéfica e também para amplificar a ação de drogas senolíticas", diz James Kirkland, MD, Ph.D., internista da Mayo Clinic e sênior autor do estudo.  

Os pesquisadores mostraram pela primeira vez que as células senescentes diminuem os níveis de α-Klotho em três tipos de células humanas: células endoteliais da veia umbilical, células renais e células cerebrais.

Eles também demonstraram por meio do uso do desatinibe senolítico mais quercitina em três tipos de camundongos que a α-Klotho foi aumentada. Eles também mostraram que, após a administração de desatinibe mais quercitina em participantes de ensaios clínicos com fibrose pulmonar idiopática, α-Klotho também aumentou.  

A proteína α-Klotho é importante para manter uma boa saúde, pois tende a diminuir com a idade e, especialmente, diminui em várias doenças, incluindo Alzheimer, diabetes e doenças renais. Estudos em animais mostraram que a diminuição de α-Klotho em camundongos diminui o tempo de vida e o aumento de α-Klotho em camundongos, inserindo um gene que causa sua produção, aumentando o tempo de vida em 30%.  

Descobrir maneiras de aumentar α-Klotho em humanos tem sido um importante objetivo de pesquisa, mas isso tem sido difícil devido ao seu tamanho e instabilidade. Introduzi-lo diretamente é problemático, pois teria que ser administrado em uma veia em vez de via oral.  

Este estudo mostra que os senolíticos, que podem ser administrados por via oral, aumentam o α-Klotho em humanos com fibrose pulmonar idiopática, uma doença associada à senescência que leva à fragilidade, graves dificuldades respiratórias e morte.


Fonte: Yi Zhu et al, Orally-active, clinically-translatable senolytics restore α-Klotho in mice and humans, eBioMedicine (2022).


Rubens de Fraga Júnior é professor de Gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR) e é médico especialista em Geriatria e Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).