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Matérias / Personagem

Elizabeth Holmes: De prodígio do Vale do Silício a um golpe milionário

Considerada um gênio, a cientista criou uma pequena máquina que fazia exames de laboratório em qualquer lugar, mas logo foram descobertas suas mentiras

Paola Churchill Publicado em 21/03/2020, às 12h00

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Elizabeth Holmes com uma das amostras de sangue - Divulgação/ Theranos
Elizabeth Holmes com uma das amostras de sangue - Divulgação/ Theranos

Elizabeth Holmes sempre foi brilhante. Desde pequena, já era uma prodígio e nunca escondeu seu maior sonho: se tornar bilionária por criar algo que a humanidade não imaginaria ser possível. Hoje seu sonho se tornou um pesadelo, está falida e pode pegar até 20 anos de prisão.

De família rica, seus pais trabalhavam no governo e apoiavam as ambições da filha. Com 17 anos, começou o curso de engenharia química na Universidade de Stanford, uma das mais renomadas do mundo. Já na faculdade, a garota gostava de mostrar sua inteligência e falava a todos que iria abrir sua própria empresa de tecnologia, apesar de poucos acreditarem.

O começo do sonho

Após dois anos, Elizabeth largou seus estudos, naquela época, disse ter criado um mini laboratório, capaz de fazer análises complexas, como também apontar doenças cardíacas e câncer com apenas uma gota de sangue. Sua ideia começou atrair investidores, e em 2003, ela fundou a Theranos, nome que mistura as palavras terapia e diagnóstico.

Mini laboratório criado por Elizabeth/ Divulgação/Theranos 

Com um investimento inicial de mais de 700 milhões de dólares, não demorou muito para a empresa ser avaliada em US$ 38 bilhões e, a revista Forbes destacou a CEO da empresa como a primeira a se tornar bilionária por conta própria, com uma fortuna estimada em US$4,5 bilhões.

A meta da empreendedora parecia ter se concretizado, mas as coisas dentro da companhia eram cheia de mistérios e paranoias. Funcionários alegavam que eram vigiados todo o tempo que estavam lá e tinham que assinar um termo de confidencialidade.

Em 2015, o negócio estava em seu auge com 800 funcionários. Foi então lançado seu mini laboratório, mesmo que ele não tenha sido liberado pelo órgão federal americano que fiscaliza o setor de saúde. Elizabeth estava no topo, saía em capas de revistas, dava palestras e era vista pela mídia e pelo setor da biotecnologia como a nova versão de Steve Jobs.

A descoberta da Fraude

Parecia que nada iria atingir a bilionária. Tinha acabado de fazer uma parceria com uma rede de farmácias muito conhecida nos Estados Unidos, para que os clientes pudessem fazer os exames de sangue nessas lojas.

Elizabeth Holmes em entrevista com a imprensa/ Divulgação/HBO 

Foi ai que a confusão começou. Os resultados das amostras não eram tão confiáveis como alegavam ser. Uma das pacientes Sherry, em entrevista para a televisão americana, disse que tinha acabado de se curar de um câncer, e que tomou um susto depois de fazer o teste sanguíneo pela Theranos que mostravam que a doença havia voltado.

Desesperada, a senhora correu para o hospital mais próximo, e após a coleta feita pelos médicos, não foi detectado nenhuma nova mazela. Esse mesmo erro, aconteceu com 79 mil pessoas que fizeram esse procedimento.

Os cidadãos lesados por Elizabeth começaram a abrir ações na esfera civil, exigindo que fosse devolvido o valor que foi pago. A partir desse momento, o governo estadunidense abriu uma investigação sobre a Theranos.

A empresária foi condenada a devolver o dinheiro para seus investidores que foram defraudados, pagar uma multa de US$ 500 mil e, ainda, foi determinado que ela não se envolvesse com empresas de capital público por 10 anos.

A corporação foi fechada em um processo criminal contra a CEO. As acusações são de fraude e conspiração. O julgamento está marcado para julho deste ano, e se for considerada culpada, a prodígio pode pegar até 20 anos de cárcere. A mulher aguarda o julgamento em liberdade.


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