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Matérias / Cuba

Há 58 anos, Fidel Castro era excomungado pelo papa João XXIII

Em meio à crise diplomática, o Santo Padre decidiu excomungar o revolucionário cubano por se opor radicalmente aos católicos

Caio Tortamano Publicado em 02/01/2020, às 10h04

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Líder revolucionário cubano Fidel Castro - Getty Images
Líder revolucionário cubano Fidel Castro - Getty Images

Em 3 de janeiro de 1962, o líder cubano Fidel Castro afirmou durante famoso discurso de posse em que se declarava marxista-leninista. Além disso, também defendeu a instalação de um governo comunista de Cuba.

Diante dessa afronta para grande parte do mundo ocidental, o papa João XXIII excomungou o líder cubano, que era batizado e membro da Igreja Católica. Um decreto do papa Pio XII estabeleceu a pena para todo católico que apoiasse o comunismo, combatido pelo Vaticano desde o século 19.

Em Cuba, Fidel fez questão de lutar contra a religião e fechou todas as escolas religiosas da região, além de expulsar 131 sacerdotes diferentes.

Contudo, existe discordância a respeito da veracidade da excomunhão de Castro. A faceta diplomática assumida pelo Santo Padre durante seu papado leva a acreditar que ela nunca aconteceu de fato, como viria a reforçar um secretário particular do papa, Loris Capovilla.

Papa João XXIII, conhecido como Papa Bom devido à sua luta pela paz / Crédito: Getty Images

Outro fator que indica que talvez não passasse de um jogo político, foi o encontro que João teve com a filha e o genro do então líder da União Soviética, Khruschev. A conversa se deu em prol da diminuição das tensões entre a Igreja Católica e os soviéticos.

Anos depois, em 1998, o então líder cubano recebeu o papa João Paulo II em Cuba, e assistiu na primeira fila a missa de despedida realizada na Praça da Revolução, em Havana.

Depois da visita de João Paulo, Fidel suspendeu a proibição de procissões públicas, oficializou o natal como celebração oficial e esporádicas mensagens litúrgicas passaram a ganhar vida durante comunicação oficial do país. Além disso, foi autorizada a entrada de sacerdotes e religiosos ao país.

Fidel e João Paulo juntos durante visita do Santo Padre ao país cubano / Crédito: Getty Images

Mesmo após a série de concessões dadas pelo cubano, e a amenidade que ainda existe entre Cuba e a maioria dos países do mundo, incluindo os EUA, o Vaticano não retirou a excomunhão do falecido líder.


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