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Matérias / Marilyn Monroe

As angustiadas cartas de Marilyn Monroe: 'Para que serve a noite'

Antigo registro foi feito pela estrela de Hollywood enquanto estava internada em uma clínica psiquiátrica

Redação Publicado em 03/05/2022, às 12h50 - Atualizado em 30/12/2022, às 10h57

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Material de divulgação de ‘O Mistério de Marilyn Monroe: Gravações Inéditas' - Divulgação/ Netflix
Material de divulgação de ‘O Mistério de Marilyn Monroe: Gravações Inéditas' - Divulgação/ Netflix

De 'O Pecado Mora ao Lado' a 'Quanto Mais Quente Melhor', muitos foram os filmes que imortalizaram a imagem provocadora de Marilyn Monroe,a atriz que se tornou o símbolo máximo de Hollywood. 

Talentosa e com um carisma único, Monroe conquistou uma legião de fãs e enlouqueceu a mídia, que sempre acompanhava todos os passos da artista. No entanto, quando as luzes se apagavam, o glamour que marcava Marilynnas telas por vezes não a acompanhava em sua intimidade.

Divulgação/Vídeo

A vida de Marilyn foi marcada de problemas pessoais, da infância difícil aos relacionamentos fracassados da vida adulta. Em um de seus casamentos, a atriz uniu as escovas com o famoso jogador Joe Dimaggio, no entanto, o matrimônio foi marcado pelo ciúme e resultou em divórcio menos de um ano depois. 

Monroe também se casou com o dramaturgo norte-americano Arthur Miller. Todavia, representou mais uma união que não foi para frente. Com o vício em medicamentos, Marilyn faleceu em 4 de agosto de 1962, exatos 60 anos. Até hoje, se discute se foi uma overdose acidental ou suicídio, contudo, é fato que antes do trágico fim a atriz já desabafava sobre seus problemas internos. 

Em 2016, cartas obtidas pela revista People e repercutidas pela Cláudia mostraram o desabafo de Marilyn sobre a sua depressão, enquanto estava na Payne Whitney, clínica psiquiátrica localizada em Nova York. Através de sua escrita, Marilyn registrou como foi a experiência. 

“Acordei a noite toda ontem de novo. Às vezes, eu penso para que serve a noite. Ela quase não existe para mim – tudo parece um longo, longo e horrível dia”, desabafou a atriz ao escrever para Ralph Greenson, psiquiatra que a acompanhou até os momentos finais.

Material de divulgação de ‘O Mistério de Marilyn Monroe: Gravações Inéditas' /Divulgação/ Netflix

O registro de Marilyn enfatiza o momento conturbado que viveu ao ser levada para a instituição. Ela escreveu que foi colocada num tipo de 'cela' para pacientes que enfrentavam graves distúrbios psicológicos. A atriz também disse que se era ignorada pela equipe local. 

O plano

Monroe disse que 'era como se eu tivesse presa por um crime que não cometi'. Desesperada, Monroe também descreveu um plano feito para chamar a atenção dos profissionais da clínica psiquiátrica. Ela teve a ideia a partir de sua atuação em 'Almas Desesperadas'. 

"Admito ter sido barulhento, mas tive a ideia a partir de um filme que fiz uma vez chamado “Almas Desesperadas”. Peguei uma cadeira, daquelas mais leves, e joguei ela contra um vidro – foi difícil porque nunca tinha quebrado nada antes. Demorou para que eu conseguisse um pequeno pedaço de vidro, então, fiquei em minha cama e aguardei com isso na minha mão até que ‘eles’ chegassem", escreveu a atriz e cantora.

"Quando vieram, eu disse ‘se vão me tratar como uma maluca, eu vou agir como uma maluca’. É verdade, o que vou dizer agora é um pouco cafona, mas juro que fiz igual ao filme – exceto que nele eu usava uma navalha. Eu indiquei que, caso eles não me tirassem daquela área, realmente me cortaria. E você sabe, dr. Greenson, eu sou uma atriz e nunca me ‘marcaria’ intencionalmente. Sou muito vaidosa", registrou Monroe

Transferência

O plano da loira deu certo. Ela acabou sendo transferida da 'cela' especial e até mesmo escutou do administrador que ela estava 'muito doente'. Ele também a questionou sobre como ela conseguia trabalhar enquanto estava deprimida. 

"Ele falou que eu estava muito, muito doente e ficaria assim ainda por muitos anos. Ainda me perguntou como eu poderia trabalhar quando estava deprimida. Ele imaginava que isso iria interferir no meu trabalho. Ele foi muito categórico quando afirmou isso. E disse mais coisas quando respondi: ‘se ele não achava que, talvez, Greta Garbo ou Charlie Chaplin e até Ingrid Bergamn sofreram depressão enquanto trabalhavam, às vezes'", escreveu Marilyn

A agonia na clínica só chegou ao fim semanas depois. Neste momento, Joe DiMaggio foi capaz de tirar Marilyn da instituição.