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Matérias / Ancestralidade

Encontre sua família e descubra a si mesmo: uma busca por ancestralidade através do FamilySearch

Com exclusividade à AH, Fábio Falcão Lucas explica como é possível encontrar familiares e ancestrais na plataforma gratuita

Pamela Malva Publicado em 21/03/2021, às 08h00 - Atualizado às 09h00

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Imagem meramente ilustrativa de árvore genealógica - Wikimedia Commons
Imagem meramente ilustrativa de árvore genealógica - Wikimedia Commons

Muito além de determinar clãs e famílias, os sobrenomes, em diversas culturas, são responsáveis por identificar a origem de um indivíduo. Para aqueles chamados Costa, por exemplo, o nome pode fazer referência a ancestrais que nasciam e viviam em locais próximos ao mar — literalmente na “costa” de uma região.

Sejam geográficos, patronímicos (provenientes da família paterna) ou nomes do meio (geralmente vindos da família materna), os sobrenomes têm o importante objetivo de posicionar as pessoas na história, definindo a trajetória de seus ‘clãs’ até certo ponto.

Hoje em dia, no entanto, a busca pelas origens de um sobrenome vai muito além de compreender a construção da palavra. Após centenas de gerações espalhadas pelo mundo, a pesquisa de sobrenomes tornou-se uma busca por ancestralidade.

É com o objetivo de reconstruir a árvore genealógica de cada indivíduo que a ONG FamilySearch reúne centenas de milhares de sobrenomes em sua plataforma desde 1894. Em entrevista exclusiva ao site Aventuras na História, Fábio Falcão Lucas, gerente geral da instituição no Brasil, explicou como funciona esse trabalho minucioso.

Imagem meramente ilustrativa de álbum de fotos / Crédito: Divulgação/Pixabay

Raizes e origens

“Nosso sistema, hoje, é inteligente, colaborativo e global”, narrou Fábio. “É de arrepiar, porque às vezes você coloca três nomes na plataforma e consegue encontrar até 14 gerações antes da sua”. Isso tudo, segundo o gerente, de forma rápida e intuitiva.

Acontece que, no site do FamilySearch, você pode construir sua própria árvore genealógica, encontrar outras pessoas com o seu sobrenome e conversar com elas, além de encontrar elos perdidos de sua família que talvez não fizesse ideia que existiam.

E a gama de ferramentas disponíveis na plataforma não para por aí. Através do aplicativo 'Recordações do FamilySearch', por exemplo, é possível “preservar fotos, documentos, áudios, histórias digitadas” de seus parentes e outros entes queridos.

Imagem meramente ilustrativa de fotos em caixa / Crédito: Divulgação/Pixabay

Ancestralidade em um clique

Para aqueles que buscam respostas mais imediatas sobre suas origens, contudo, Fábio sugeriu a navegação pela plataforma 'Sobrenomes' e pela página 'Tudo sobre mim'. Através delas, o usuário pode encontrar informações bastante ricas, ainda que pontuais.

“Em ‘Tudo sobre mim’, você pode encontrar o percentual de origem do seu sobrenome de acordo com o nosso banco de dados”, narrou Fábio. “Além disso, ela ainda traz informações sobre o ano que você nasceu, o filme que estava na moda na época.”

Já a ferramenta ‘Sobrenomes’, segundo o gerente, “te dá documentos de seus antepassados”, desde certidões de nascimento até dados de imigração. “São duas experiências fascinantes”, disse Fábio, que já fez diversas pesquisas sobre seu passado.

Entre as próprias descobertas, inclusive, o gerente da ONG encontrou linhagens de sua família que, após 160 ou 180 gerações, se conectam com Adão e Eva. “São ramos de reis e capitães que se conectam com a genealogia bíblica”, explicou Fábio, sem deixar de pontuar que a mesma experiência já foi relatada por outros usuários além dele.

Imagem meramente ilustrativa de uma aniga árvore genealógica / Crédito: Divulgação

Brasileiros em peso

Com 127 anos de história, então, o FamilySearch proporciona experiências gratuitas para o mundo inteiro, ainda que o site seja majoritariamente buscado por brasileiros. “Na América Latina, pouco mais de 40% dos acessos vêm do Brasil”, contou Fábio.

Para o gerente, esse significativo interesse parte de diversos lugares. “O primeiro deles é a própria formação do Brasil, uma junção de culturas”, narrou. “Então qualquer ramo familiar que você pesquisa no Brasil pode ter uma grande participação externa.”

Depois disso, além da busca por cidadania ou heranças, os brasileiros ainda tentam suprir dúvidas relacionadas ao período escravista do país. “As pessoas tentam saber, pela árvore genealógica, se têm alguma conexão com essa ancestralidade africana.”

Imagem meramente ilustrativa de álbum de fotos / Crédito: Divulgação/Pixabay

Herança africana

O problema é que, assim como muitos brasileiros afro-descendentes não sabem de onde vieram seus ancestrais, já que diverosos indivíduos foram traficados para o Brasil, os documentos dessa época são bastante escassos. Carência que, segundo Fábio, será solucionada com o novo acordo entre o FamilySearch e o Arquivo Nacional.

“Nossa amiga Neide De Sordi, a diretora do Arquivo, anunciou que eles vão nos dar acesso à documentação que abrange parte da Diáspora Africana”, narrou Fábio, animado. “Estamos falando de documentos datados de 1808 em diante. Um acervo riquíssimo que vai beneficiar muita gente do nosso país.”

Por fim, para Fábio, “é de um valor gigantesco conhecer e desvendar a história de um indivíduo” — experiência que é oferecida pelo FamilySearch. Nesse sentido, ele acredita que a busca por ancestralidade tem o poder de “derrubar as barreiras do preconceito”, já que “somos formados por várias regiões do mundo”.

“É algo apaixonante, que te leva a reflexões fantásticas”, narrou o gerente da ONG. “Você descobre que nossos antepassados também passaram por pandemias, também passaram por guerras e sobreviveram. E não apenas sobreviveram, como também floresceram, progrediram, empreenderam. Isso dá uma injeção de vigor”, finalizou.


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