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Matérias / Crimes

Os brutais assassinatos do Lago Bodom, que permanecem um mistério mesmo após 60 anos

Ocorrido na década de 1960, o crime mais sangrento da história da Finlândia nunca teve um condenado — permanecendo um dos maiores enigmas do país

Penélope Coelho Publicado em 27/11/2020, às 16h00

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Poster do filme Lake Bodom, de 2016, baseado nos crimes - Divulgação
Poster do filme Lake Bodom, de 2016, baseado nos crimes - Divulgação

No dia 4 de junho de 1960, a vida de quatro jovens estava prestes a mudar para sempre. As amigas Maila Irmeli Björklund e Anja Tuulikki Mäki, com 15 anos, eram moradoras da cidade de Espoo, na Finlândia. Naquele dia, decidiram acampar para aproveitar o tempo livre e a natureza.

Acompanhando as garotas no passeio estavam seus namorados Seppo Antero Boisman e Nils Wilhelm Gustafsson, os dois tinham 18 anos. O grupo escolheu acampar em um lugar calmo nas margens do Lago Bodom. O primeiro dia dos jovens no acampamento ocorreu sem nenhuma intercorrência e de maneira serena, mas, a tranquilidade estava prestes a acabar.

Os crimes brutais

Na manhã de 5 de junho, em algum momento entre as quatro e as seis daquela madrugada, Björklund, Mäki e Boisman foram esfaqueados e espancados até a morte. Os corpos de Mäki e Boisman foram encontrados dentro da barraca. O único sobrevivente Nils Gustafsson, foi encontrado fora da tenda gravemente ferido. Ao seu lado estava o corpo da namorada Björklund, já morta e nua da cintura para baixo, ela fora esfaqueada mesmo depois de já estar sem vida.

As vítimas Maila Björklund, Anja Mäki, Seppo Boisman e o único sobrevivente / Crédito: Divulgação

Os corpos só foram descobertos às 11 horas da manhã por um carpinteiro chamado Risto Siren, que passava no local. Imediatamente, o homem chamou a polícia que chegou ao Lago Bodom por volta do 12h. As vítimas já estavam mortas há mais de seis horas.  

Gustafsson, único dos jovens que sobreviveu, contou sua versão diversas vezes ao longo do próximo ano, algumas respostas inconsistentes e contraditórias levaram à realização de uma longa investigação.

Apuração dos assassinatos

Desde o início, a cena do crime apresentava elementos controversos. Começando pelo fato que o assassino não entrou na barraca para matar as vítimas, ele atacou pelo lado de fora. Uma das armas era obviamente uma faca, mas restaram evidências de um outro objeto, que nunca foi identificado. As armas do crime também nunca foram localizadas.

Policiais investigando a cena do crime / Crédito:  Wikimedia Commons

No entanto, a polícia cometeu alguns erros graves: não isolaram o local imediatamente e esqueceram de registrar os detalhes da crime. Eles também permitiram que uma multidão de policiais e pessoas entrassem na cena e atrapalhassem algumas evidências. Muitos objetos das vítimas jamais foram encontrados, porém, os sapatos do garoto sobrevivente foram encontrados: estavam escondidos em um local próximo.

Levantando suspeitos

O primeiro suspeito dos assassinatos foi Karl Valdemar Gyllström, o homem era dono de um quiosque nas proximidades do lago, ele tinha fama de ser agressivo, entretanto, as investigações não foram para frente. O segundo suspeito permaneceu no quadro da polícia até 2004. Era um homem chamado Hans Assmann, havia desconfiança de que ele fosse um ex-espião da KGB, principal organização de serviços secretos da União Soviética.

As investigações apontaram para Assmann por ter dado entrada em um hospital em Helsinque um dia após o crime, com as unhas sujas e as roupas cobertas por manchas vermelhas. Todavia, o homem foi inocentado. Isso porque a polícia afirmou que ele tinha um álibi solido. A única prisão em relação aos crimes de 1960 só ocorreu 44 anos depois.

A acusação

Em 2004, Nils Wilhelm Gustafsson foi levado a julgamento. Alegando suspeitar do homem o tempo todo, a polícia insistiu que haviam evidências o suficiente. Como o sapato de Gustafsson, que estava coberto de sangue das vítimas, mas não tinha nenhum resquício do sangue. Ou seja, o cenário era favorável para o acusado.

A versão da promotoria era de que o garoto estivesse bêbado e teria começado uma briga com Boisman. Ele teria supostamente perdido e ficado furioso por isso, voltando para tenda matando o namorado e os dois amigos.

Sua defesa alegou que se isso realmente tivesse acontecido, ele estaria ferido demais para matar três pessoas. Um ano após a prisão de Gustafsson ele foi absolvido de todas as acusações. O Estado da Finlândia ainda pagou ao rapaz 44.900 euros pelo sofrimento mental causado. 

Ainda assim, alguns suspeitam dele até hoje. Nunca mais uma evidência do crime foi identificada, ou, dúvidas foram levantadas. Os assassinatos dos três jovens no Lago Bodom continuam sendo um dos maiores mistérios da Finlândia.


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