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Vitrine / Personagem

Investigação sobre desaparecimento da jovem Emanuela Orlandi será retomada

Considerado um dos casos mais misteriosos da história italiana, o sequestro da jovem permanece um mistério e virou série da Netflix

Redação Publicado em 25/05/2020, às 22h40 - Atualizado em 10/01/2023, às 14h12

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Cartaz da jovem desaparecida Emanuela Orlandi - Divulgação/Netflix
Cartaz da jovem desaparecida Emanuela Orlandi - Divulgação/Netflix

Um caso ocorrido em 1983 ainda representa um grande mistério para a Itália: o desaparecimento da jovem Emanuela Orlandi na Cidade do Vaticano.

Após anos de muitas perguntas sem respostas, Alessandro Diddi, promotor de justiça local, afirmou que a investigação do caso será retomada. A informação foi repercutida pela Folha nesta segunda-feira, 10. 

Conforme apurado pelo The Guardian, a diferença agora é que a apuração terá como foco o desaparecimento de outra vítima. Se trata de Mirella Gregori que desapareceu em Roma pouco antes de Orlandi. Com isso, é levantada a teoria de que os casos tenham alguma ligação. O caso foi retratado no último ano através da série "A garota desaparecida do Vaticano", na Netflix aborda o misterioso caso de Emanuela Orlandi. 

Desaparecimento

Filha de um funcionário da Prefeitura da Casa Pontifícia do Vaticano, Emanuela Orlandi desapareceu misteriosamente no dia 22 de junho de 1983, com apenas 15 anos de idade. O paradeiro permanece um mistério até os dias atuais, resultando em boatos que envolvem até grandes entidades italianas.

Ao sair da aula de música do Santo Apolinário, Emanuela Orlandi nunca mais foi vista. Preocupado com o sumiço da adolescente, seu pai Ercole Orlandi acionou as autoridades, que por anos buscaram insaciavelmente o paradeiro da jovem. No entanto, ao longo do tempo, diversas teorias surgiram, transformando este caso em ainda mais obscuro e enigmático. 

Existem diversas teorias sobre o desaparecimento de Emanuela Orlandi, entre elas que a jovem teria sido vítima da máfia italiana, que a teria usado como bode expiatório. Outra diz que Emanuela teria sido morta por membros do Vaticano.

Mistério

Em 2008, Sabrina Minardi, ex-namorada de Enrico De Pedis — membro da ordem do arcebispo Paulius Casimir Marcinkus, conhecido popularmente como o Banco do Vaticano — revelou que o ex teria lhe contado que a jovem foi brutalmente assassinada a mando de Marcinkus, conforme repercutido pela BBC em 2018.

Em 2012, a família Orlandi pediu a exumação do corpo de Enrico De Pedis, pois segundo uma denúncia anônima, poderia conter pistas sobre o desaparecimento de Emanuela. Os restos do gângster estavam enterrados na Basílica de Santo Apolinário, ao lado de papas e cardeais. No entanto, nada foi encontrado. 

Ainda no mesmo ano, o padre Gabriele Amorth afirmou que a jovem foi sequestrada para orgias sexuais, e posteriormente executada. O sacerdote disse, ainda, que o caso envolveu membros de uma embaixada estrangeira, que nunca foram identificados.

Descobertas recentes 

Já outra teoria, repercutida pela Reuters em 2019, aponta que Emanuela havia sido sequestrada por terroristas extremistas, que exigiam a libertação de Mehmet Ali Agca, após o integrante ter atirado contra o Papa João Paulo II. Em junho de 2019, Agca afirmou que Emanuela estaria viva e bem, mas não revelou seu paradeiro, o que apenas adicionou mais mistério na história. 

No entanto, ainda em 2019, a família Orlandi recebeu uma denúncia anônima informando onde os restos de Emanuela estariam localizados. A carta incluía uma imagem com a frase “Procurem onde o anjo indica” e apontava para dentro do Cemitério Teutônico, situado no Vaticano.

Após uma investigação minuciosa, descobriram as localizações apresentadas na carta, sendo elas das sepulturas de duas princesas mortas no século 19. No entanto, ao abrirem os túmulos de Carlota Frederica de Mecklemburgo-Schwerin e Sophie von Hohenlohe os encontraram completamente vazios. Os corpos haviam sido removidos do cemitério durante uma reforma, o que impossibilitou achar pistas sobre Emanuela.

“A nova iniciativa atesta, mais uma vez, depois das investigações do último dia 11, a disponibilidade da Santa Sé para com a família de Emanuela Orlandi, disponibilidade demonstrada desde o início, quando aceitou o pedido de investigações no Campo Santo Teutônico, mesmo com base numa denúncia anônima”, afirmou o porta-voz interino do Vaticano, Alessandro Gisotti, em uma coletiva de imprensa realizada em julho de 2019.