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Matérias / Segunda Guerra Mundial

Os tanques infláveis usados na Segunda Guerra para enganar os nazistas

Esquadrão Fantasma atuou em mais de 20 operações e, muito provavelmente, nunca tenha sido descoberto

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 15/02/2020, às 08h00 - Atualizado em 16/02/2023, às 19h54

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Tanque falso do 23º quartel-general das Tropas Especiais - National Archives
Tanque falso do 23º quartel-general das Tropas Especiais - National Archives

Desde o verão de 1944, até o final da Segunda Guerra Mundial na Europa, os Estados Unidos usaram o 23º quartel-general das Tropas Especiais — também conhecido como Exército Fantasma — em toda a França, e no Vale do Reno, para enganar o Terceiro Reich sobre o real tamanho e a localização das forças aliadas. 

No total, a unidade, de 1.100 homens escolhidos a dedo, foi responsável por mais de 20 missões que confundiram o planejamento militar alemão e mascarava os movimentos e ações reais das tropas aliadas — os nazistas ‘enxergavam’ o Exército Fantasma como uma unidade real, aponta matéria da CBC. 

Tanque falso do 23º quartel-general das Tropas Especiais/ Crédito: National WW2 Museum

A tropa era uma combinação harmoniosa de artistas, técnicos de som, atores e designers que, através de suas habilidades, criaram modelos infláveis de veículos militares, tanques e armas de artilharia.

Tática de Guerra

Durante a noite, o esquadrão se reposicionava, dando a impressão de que as tropas americanas haviam se movimentado. Cada detalhe era crucial para manter o Exército de ‘mentirinha’.

Escavadeiras eram usadas para criar as marcas falsas de rastros de tanques no chão, assim como engenheiros de som usavam ruídos gravados de veículos militares que eram mixados e reproduzidos em potentes caixas acústicas para simular o barulho da unidade se movimentando.

Chegando à França, logo após a Batalha de Normandia, o Dia D, o Exército Fantasma começou a trabalhar criando inúmeras ilusões dentro e fora do campo de batalha. Na área de conflito, a unidade colocou tanques, aviões e armas de artilharia imperfeitamente camuflados para convencer os nazistas de que havia mais de 30.000 soldados aliados na região.

Avião falso do 23º quartel-general das Tropas Especiais/ Crédito: National WW2 Museum

A estratégia dispunha das execuções dos sons forjados que poderiam ser escutados a mais de 15 quilômetros de distância.

Falsas verdades

Fora do campo de batalha, atores do Exército Fantasma personificavam generais e oficiais americanos em cidades por toda a França. Ciente de que agentes alemães infiltrados poderiam estar os espionando, eles discutiam, de maneira irreverente, planos e estratégias militares falsas a fim de ludibriá-los, informou a BBC.

O 23º quartel-general das Tropas Especiais/ Crédito: National WW2 Museum

As atuações do Exército Fantasma possibilitaram que milhares de vidas fossem salvas e também foi de suma importância para o logro dos Aliados. Apesar da ousadia da estratégia, acredita-se que a artimanha nunca tenha sido descoberta.