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Matérias / Arqueologia

Esqueleto com corrente descoberto na Inglaterra confirma período de escravidão

A peça calcificada foi descoberta em 2015, mas, foi analisada durante anos até que as condições do esqueleto fossem confirmadas

Wallacy Ferrari, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 09/06/2021, às 08h04

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Fotografia de algema calcificada retirada do esqueleto - Divulgação / MOLA
Fotografia de algema calcificada retirada do esqueleto - Divulgação / MOLA

Na última segunda-feira, 7, um grupo de arqueólogos publicou uma pesquisa indicando que um esqueleto humano, encontrado em 2015, é a mais antiga evidência de escravidão da Grã-Bretanha romana — período onde a província romana de Britânia ainda existia, entre 43 e 410 d.C. —, como informa a BBC.

Os restos mortais foram localizados há seis anos por um grupo de construtores civis que escavaram uma casa no condado de Rutland, na Inglaterra, e chamou atenção pela presença de grilhões de ferro unindo os tornozelos da ossada.

Apesar de calcificado ao longo dos anos, a descoberta apontava tratar-se de uma corrente para possibilitar o controle de escravos, o que posteriormente foi confirmado pelo estudo, classificado pelos autores como "internacionalmente significativo".

Exame de raio-x aponta presença de ferro em suposta algema calcificada / Crédito: Divulgação / MOLA

Os arqueólogos do Museu de Arqueologia de Londes (MOLA) contaram com o auxílio da polícia de Leicestershire, que auxiliou na datação de radiocarbono. O resultado do exame apontou que os restos datam de aproximadamente 226 até 427 d.C. e que as condições dos ossos apontam uma vida de desgastes contínuos ou com "atividade física excessiva ou repetitiva".

Chris Chinnock foi um dos pesquisadores e explicou à BBC a importância da análise: “A descoberta casual de um sepultamento de uma pessoa escravizada em Great Casterton nos lembra que, embora os restos mortais de pessoas escravizadas possam ser difíceis de identificar, que eles existiram durante o período romano na Grã-Bretanha é inquestionável. Portanto, as questões que tentamos abordar a partir dos vestígios arqueológicos podem, e devem, reconhecer o papel que a escravidão desempenhou ao longo da história."

+Confira o estudo completo publicado na Britannia clicando aqui

Sobre arqueologia

Descobertas arqueológicas milenares sempre impressionam, pois, além de revelar objetos inestimáveis, elas também, de certa forma, nos ensinam sobre como tal sociedade estudada se desenvolveu e se consolidou ao longo da história. 

Sem dúvida nenhuma, uma das que mais chamam a atenção ainda hoje é a dos egípcios antigos. Permeados por crendices em supostas maldições e pela completa admiração em grandes figuras como Cleópatrae Tutancâmon, o Egito gera curiosidade por ser berço de uma das civilizações que foram uma das bases da história humana e, principalmente, pelos diversos achados de pesquisadores e arqueólogos nas últimas décadas.