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Matérias / Entretenimento

A estratégia de marketing de sucesso por trás de Juliette Freire

Com exclusividade à AH, Carol Guimarães aponta que marca pessoal e direcionamento de imagem foram essenciais para a construção da narrativa da paraibana dentro e fora do reality

Redação Publicado em 04/05/2021, às 19h00

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Fotografia de Juliette Freire durante o programa - Divulgação/TV Globo
Fotografia de Juliette Freire durante o programa - Divulgação/TV Globo

O reality show mais popular do país caminha para encerrar os mais de 100 dias de confinamento do Big dos Bigs — a edição mais longa do Big Brother Brasil já realizada. Marcada por grandes rejeições, como o histórico 99,17% da rapper Karol Conká, o programa também foi palco do surgimento de um fenômeno: Juliette Freire.

Além do carisma, assim como a narrativa pela qual o programa seguiu, não há como negar que o trabalho nas redes sociais da paraibana foram fundamentais para consolidar o favoritismo. Afinal, ela teve um crescimento intenso na internet.

Com formação em publicidade e propaganda, especializada em marketing e comunicação visual, além de consultora de imagem, Carol Guimarães explica, com exclusividade ao site Aventuras na História, o que existe por trás desse sucesso.

Juliette em foto de divulgação de sua campanha / Crédito: Divulgação

Imagem e trajetória

Segundo a especialista, todo e qualquer reality se vale da construção de uma história, onde existem personagens fundamentais para a trama. Dessa forma, existem os vilões, os mocinhos, os coadjuvantes e os que ficam de lado, as chamadas plantas.

“Há algumas edições, a internet não era um fator tão decisivo na construção dessas narrativas, que ficavam restritas à uma pequena parcela da audiência que assinava o pay per view, mas principalmente à Rede Globo, que é responsável pela edição e exibição do programa”, explicou a profissional.

“Com o crescimento das redes, o posicionamento midiático se tornou fundamental para ir bem no jogo”, continuou Carol. “Como exemplo temos Manu Gavassi na edição passada, que usou de uma narrativa criativa pré-estabelecida, e agora a maquiadora Juliette, que se vale dos artifícios de marca pessoal para cativar o público.”

Fotografia de Juliette durante o reality / Crédito: Divulgação/Rede BBB

Uma boa estratégia

Segundo Carol Guimarães, foi realizada uma estratégia de posicionamento de imagem para construir o quebra-cabeça do personagem Juliette, que não deixa de ser uma peça na história contada pela edição 2021.

“Os administradores das redes sociais usaram, por exemplo, diversos momentos engraçados, sensíveis e de acolhimento dela para construir uma imagem popular e carismática, que foi apresentada através de pequenas tiras em formato de postagens nas redes, montando um quebra-cabeça sobre quem é Juliette”, analisa a especialista.

A equipe da paraibana também se utilizou fortemente do fator identificação e causas, ao retratar com afinco questões como xenofobia e psicofobia, que causaram nos internautas o sentimento de empatia.

"Juliette, logo no começo do programa, brigou com Karol Conká, que sempre se referia a ela como uma pessoa com problemas mentais e psicologicamente instáveis”, explicou. “Em outros pontos, era a origem da participante e seu modo de falar que geravam incômodo nos integrantes da casa.”

“Nesse caso, a equipe dela se aproveitou para lançar vários conteúdos nas redes, como forma de aproximação e entendimento, um exemplo é uma série que existe em seu Instagram chamada dicionário 'juliettês'”, analisa.

Discursos do bem

A especialista destaca que, apesar de outras pessoas também terem sofrido preconceitos dentro da casa, Juliette foi a que melhor soube utilizar disso para branding marketing. Nesse sentido, Carol pontua aqueles que não aplicaram o mesmo plano.

“Temos o caso da participante Thaís, que foi colocada como uma pessoa burra e lerda devido aos seus problemas em se expressar”, explicou a especialista. “Ninguém problematizou isso, ou se utilizou disso para falar de maneira assertiva sobre introspecção ou glossofobia, que é o medo de falar em público”.

“Essa imagem foi muito bem trabalhada pelas páginas de fofoca, que diariamente soltavam postagens sobre como a Juliette é uma pessoa boa, que de fato é, mas é preciso enxergar a maximização disso”, explica Carol.

“Podemos observar que foi feito o inverso com a Viih Tube, onde as mesmas páginas que vinham mostrando uma imagem positiva da Juliette se atentaram a assuntos para o lado negativo, como na questão da falta de banho, onde ela fica com uma imagem de pessoa suja. Ou com relação a puxação de saco dela com os líderes, passando a ideia de falsa. A questão é, todo mundo tem aspectos positivos e negativos, mas um lado é mais enfatizado que outro a depender de quem seja”, finaliza a especialista.

Narrativa coesa

Sem esse tipo de posicionamento de imagem, é pouco provável que advogada tivesse crescido tanto em número de seguidores. Além disso, o trabalho com relação à marca pessoal de Juliette conquistou uma base sólida de fãs, que se enxergam na participante.

“A característica dessa torcida também foi moldada pelo trabalho dos administradores. São pessoas altamente engajadas e que passam a atuar como grandes divulgadores e captadores de seguidores, uma propaganda boca a boca”, pontua Carol Guimarães.

Para a especialista, a estratégia de Juliette está bem consolidada e provavelmente será a adotada no pós-reality também. “Na minha visão está tudo planejado, há marcas com contratos engatilhados. Não há como negar que Juliette vende”, diz ela.

Por fim, Carol pontua que esse pode ter sido um dos motivos que está fazendo a emissora rever como os administradores usam a imagem dos participantes nas redes, visto que em alguns casos eles se tornaram maiores que o programa em si.


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