Em 1947, Evelyn se jogou do Empire State Building. Pouco tempo depois, sua foto seria eternizada como o “suicídio mais bonito”
Evelyn Francis McHale nasceu em Berkeley, Califórnia, no dia 20 de setembro de 1923. Teve uma infância conturbada, sua mãe sofria de depressão, e após o divórcio dos pais se mudou para Nova York com seus oito irmãos para morar Vincent McHale, seu pai.
Quando adolescente, ingressou no Corpo de Mulheres do Exército e firmou residência no estado de Missouri. Anos depois, voltou para Nova York, já trabalhando como contadora e noiva de Barry Rhodes, que também havia servido na Força Aérea do Exército dos Estados Unidos.
Momentos finais
Com 24 anos, no dia 30 de abril de 1947, Evelyn embarcou em um trem com destino à Pensilvânia, para visitar o noivo. No dia seguinte, voltou para Nova York e ao invés de ir para casa, foi em direção ao icônico prédio Empire State Building.
Subiu até o 86º andar, que funcionava como observatório, e pulou do parapeito. Uma nota de suicídio foi encontrada junto a sua carteira e seu casaco: “Não quero que ninguém dentro ou fora da minha família veja qualquer parte de mim. Você poderia destruir meu corpo por cremação? Eu imploro a você e à minha família — não tenha nenhum serviço ou lembrança para mim. Meu noivo me pediu para casar com ele em junho. Não acho que eu seria uma boa esposa para ninguém. Ele está muito melhor sem mim. Diga ao meu pai que tenho muitas das tendências de minha mãe”.
A irmã de Evelyn, Helen Brenner, foi quem identificou seu corpo. A jovem foi cremada como havia pedido, sem memorial ou sepultura.
O “suicídio mais bonito”
Cerca de quatro minutos após o suicídio, o estudante de fotografia, Robert Wiles, registrou o momento que entraria para a História. A foto foi vista por milhares de pessoas, Ben Cosgrove, que trabalhava para a famosa revista Time, eternizou a imagem, descrevendo-a como o “suicídio mais bonito”. Cosgrove ainda escreveu que o corpo de McHale parecia estar “descansando ou cochilando, em vez de ... morto”.
A fotografia foi considerada ser tão emblemática como o registro do suicídio do monge budista vietnamita, Thích Quảng Đức, que se queimou vivo em 1963. Ao longo dos anos, a imagem foi usada em produtos da cultura pop, como em uma pintura do artista Andy Warhol e, na capa do álbum Backspacer, da banda de rock Pearl Jam.
Saiba mais sobre o tema através dos livros abaixo
História do Suicídio, George Minois (2018)
link - https://amzn.to/2VUIXC1
Je ne ferai une bonne épouse pour personne: La vie et les amours d'Evelyn McHale, la plus belle parmi les ombres, Nadia Busato (2019)
link - https://amzn.to/2MOGWTS
Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível de produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, a revista Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.