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Matérias / Pandemia

"Exonerou a ciência" afirma Mandetta sobre Bolsonaro, após demissão

O caso ocorreu após o Ex-ministro da saúde divergir publicamente com o Presidente sobre medidas para conter o coronavírus

Paola Churchill Publicado em 27/04/2020, às 10h53

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Presidente Bolsonaro e Mandetta, ex-ministro da saúde - Divulgação
Presidente Bolsonaro e Mandetta, ex-ministro da saúde - Divulgação

Durante uma live realizada no último domingo, 26, pelo Movimento Brasil Livre (MBL), o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta afirmou que Bolsonaro sempre questionou a ciência durante sua gestão no Ministério da Saúde e que, na verdade, o presidente não exonerou o Mandetta, mas sim a própria ciência.

“Ele (Bolsonaro) resolveu substituir o ministro, não o Luiz Henque Mandetta, mas acho que ele exonerou ali a ciência, que nós estávamos tentando seguir”, afirmou o ex-ministro.  

Enquanto o  deputado federal sempre defendeu o isolamento social como a melhor forma de conter a propagação do coronavírus, Bolsonaro sempre se demonstrou contra, criticando a quarentena e a paralisação de serviços.

“A meu ver, em um determinado momento, ele entendeu que as implicações econômicas seriam deletérias, mais duras, para as pessoas do que as implicações de saúde. Aí, ele começou a tomar uma série de atitudes públicas que se chocavam com a maneira como o Ministério da Saúde estava se conduzindo”, declarou durante a live.

Mandetta deixou o cargo no último dia 16, após diversas divergências públicas com o presidente em relação ao isolamento social. O anúncio de sua saída foi feito através de suas redes sociais. Em substituição, Bolsonaro nomeou o oncologista Nelson Teich para comandar o Ministério da Saúde.

No Brasil, os casos confirmados da doença resultam em 62.859, sendo que o número de mortes está em 4.271. Em escala global, os infectados chegam a 2.982.933 e o novo coronavírus matou 206.811 cidadãos.