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Matérias / Personagem

Fantasia nazista e linchamento: os dias finais alucinantes de Benito Mussolini

O líder fascista chegou a se disfarçar e ficar escondido no meio de um exército de alemães para escapar da pena de morte

Wallacy Ferrari Publicado em 31/03/2020, às 15h52

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Fotografia de Mussolini tirada quando o mesmo ainda ocupava o poder - Divulgação
Fotografia de Mussolini tirada quando o mesmo ainda ocupava o poder - Divulgação

Com seu governo estabelecido em Milão, Benito Mussolini dava seus últimos passos em um molde fascista prestes a desmoronar. Com o CNLNI realizando um levante nas cidades da Itália, o líder estava prestes a se render, mas optou por tentar uma fuga para dar sua cartada final.

Ao saber do interesse de Mussolini em deixar Milão, o CNLNI declarou pena de morte aos membros e líderes do governo fascista e passou a buscá-los de maneira incansável.

Junto a sua amante de 33 anos, Clara Petacci, o líder fugiu em um luxuoso Alfa Romeo esportivo do ano de 1939. O carro era um presente para a jovem, mas tornou-se a principal maneira de escapar em alta velocidade para o norte, em direção à Suiça.

No dia seguinte, o casal conseguiu encontrar um comboio composto por soldados alemães e outros companheiros e apoiadores do partido fascista, que ofereceram proteção.

Desamparado e com medo de ser capturado, Mussolini embarcou no comboio, onde, armado, partiu disfarçado de membro da Força Aérea nazista, a Luftwaffe, com um capacete e um sobretudo alemão.

No segundo dia de viagem, o comboio foi parado por partidários enquanto passava. Um dos líderes fascistas foram reconhecidos, mas Mussolini, escondido e fantasiado, não foi notado de imediato.

Os partidários propuseram aos soldados do Führer que todos os italianos deveriam ser entregues para que os alemães fossem liberados sem sofrer nenhuma repreensão.

Os alemães aceitaram, mas o disfarce, entretanto, foi pouco eficaz; após anos propagando a sua imagem em cartazes, esculturas e até na sede do Partido Fascista, Mussolini foi rapidamente reconhecido e apreendido em um dos comboios.

Visto que o político já havia sido detido e liberto por soldados em uma operação nazista, os partidários do CNLNI temiam qualquer tentativa de resgate, decidindo então o levar para passar a noite, junto a amante, em uma fazenda remota, de difícil acesso e localização sem identificação. Urbano Lazzaro, um dos líderes da apreensão, afirmou que, apesar de exausto, Mussolini não demonstrava medo: “Parecia ter aberto mão da vontade de viver, estava espiritualmente morto”.

O episódio foi tão comemorado que, na mesma noite da captura, Sandro Pertini, líder partisan no norte da Itália, fez questão de anunciar a novidade na Rádio Milano.

“O chefe dessa associação de delinquentes, Mussolini, enquanto amarelo, com rancor e medo tentava atravessar a fronteira com a Suíça, foi preso. Ele deve ser entregue ao tribunal do povo para ser julgado rapidamente”.

Porém, o “tribunal do povo” acabou se tornando uma decisão exclusivamente interna.

Corpo de Mussolini foi exposto ao público e perdurado de cabeça para baixo / Crédito: Domínio Público

A execução

A ordem de execução do líder tem duas versões; Palmiro Togliatti, então secretário geral do Partido Comunista, chegou a afirmar que deu a ordem por uma mensagem de rádio, no primeiro dia de seu desaparecimento, caso algum representante partidário o encontrasse; já o representante do Partido de Ação no CNLNI, Leo Valiani, a decisão foi tomada após a captura entre os membros que estavam o acompanhando, no dia seguinte a captura.

Levado até um muro de pedra, ao lado de sua namorada, na entrada de Villa Belmonte, a ordem de executar Mussolini tinha uma especificação: preservar características de identificação do líder.

Logo, sua execução, com tiros de metralhadora, foi rapidamente concluída e seu corpo recolhido para ser levado a Piazzale Loreto, uma praça pública que tornou-se um símbolo antifascista, visto que, há oito meses antes da captura, 15 partidários executados tiveram seus corpos expostos publicamente a mando da SS de Hitler.

A oportunidade era perfeita para os carrascos serem vingados, justamente, pelos outros 14 membros fascistas executados no comboio junto a Mussolini e a jovem Petacci.

Colocados, logo pela manhã em um caminhão, foram despachados na praça e, com uma estrutura que foi montada com pressa pela madrugada, os corpos foram suspensos por cordas, de cabeça para baixo, e escarnecidos publicamente por uma multidão que comemorava a execução.


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