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Matérias / Personagem

Fraudes e ganância: a história de Jordan Belfort, o Lobo de Wall Street da vida real

Responsável por um prejuízo a investidores em mais de 200 milhões de dólares, o criminoso testemunhou contra parceiros e subordinados de seu esquema de corrupção

Fabio Previdelli Publicado em 26/04/2020, às 12h00 - Atualizado às 15h00

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Jordan Belfort e Leonardo Dicaprio - Creative Commons
Jordan Belfort e Leonardo Dicaprio - Creative Commons

Jordan Ross Belford foi por muito tempo corretor da bolsa de valores, assim como muitos outros. Mas seu nome ficou conhecido em 1999, após ele se declarar culpado por fraudar e manipular ações do mercado. Condenado, passou 22 meses preso, como parte de um acordo do qual concordou testemunhar contra vários parceiros e subordinados em seu esquema de corrupção.

Anos depois, em 2007, publicou seu livro de memórias chamado O Lobo de Wall Street, o qual foi adaptado e lançado para o cinema, em 2013, com um título homônimo, e estrelado por Leonardo DiCaprio — que foi indicado ao Oscar pelo papel.

O começo de tudo

Jordan Belfort nasceu em 1962, no bairro do Bronx, em Nova York. Vindo de uma família judia, foi criado em Bayside, no Queens. Entre o ensino médio e início da faculdade, Jordan e seus amigos de infância ganharam cerca de 20 mil dólares vendendo italian ice para as pessoas de uma praia local.

Mesmo que subconsciente, ali ela já mostrava os primeiros traços com a carreira que lhe deixaria marcado. Mas antes disso, se formou na American University pelo curso de biologia.

Belford usou o dinheiro ganho com o amigo para pagar sua faculdade de odontologia, e assim se matriculou na Faculdade de Odontologia da Universidade de Maryland. Mas sua estadia por lá durou pouco. Tudo porque, logo no seu primeiro dia, o reitor da universidade disse a seguinte frase: “A era de ouro da odontologia acabou. Se você está aqui simplesmente para ganhar dinheiro, está no lugar errado”.

Mudanças de rumo

Após a frustração, Jordan virou vendedor de carne e frutos do mar. Antes procurando clientes de porta em porta, logo obteve êxito na expansão de negócio e começou a fornecer alimentos para vários trabalhadores. Semanalmente, vendia mais de 2.3 mil quilos de carne vermelha e peixe.

Apesar do sucesso inicial, seus planos acabaram fracassando e Jordan se viu obrigado a pedir falência aos 25 anos. Segundo relatos de pessoas próximas, seu passo seguinte se deu com a ajuda de um amigo, que conseguiu uma vaga como corretor estagiário na LF Rothschild. Mas ele acabou demitido do novo ofício após a empresa enfrentar dificuldades financeiras em virtude do crash da bolsa, na Black Monday de 1987.

Depois de mais um fracasso, fundou a Stratton Oakmont junto de outros dois sócios. Inicialmente, cuidaria de apenas uma franquia da empresa, mas logo comprou a parte de seus parceiros e se tornou dono da corporação.

Jordan conseguiu milhares de dólares vendendo penny stocks (ações de pequenas empresas e que estavam em baixa no mercado). Durante seus anos de glória, desenvolveu um estilo de vida baseado em festas luxuosas e uso recreativo intensivo de drogas.

Em certo ponto, a empresa tinha uma equipe de mais de mil corretores e estava envolvida em ações que totalizavam mais de 1 bilhão de dólares. Nesse momento, ele já estava envolvido em atividades ilegais de IPOs e de negociações fraudulentas.

Em 1996, finalmente Belford foi pego pelas autoridades federais por todas os ofícios ilícitos que estava envolvido, como lavagem de dinheiro e fraudes de valores mobiliários. O trapaceiro cumpriu 22 meses de uma sentença de quatro anos na Taft Correctional Institution em Taft, Califórnia, em troca de um acordo judicial com o Federal Bureau of Investigation pelos golpes que aplicou, que totalizavam um prejuízo de investidores calculado em mais de 200 milhões de dólares — posteriormente, foi obrigado a devolver cerca de 110 milhões.

Quando esteve encarcerado, dividiu cela com o ator e ativista Tommy Chong, que o encorajou a escrever sobre suas experiências como corretor da bolsa de valores. A amizade entre os dois continuou após a prisão e Jordan creditou a Chong sua nova alçada como palestrante motivacional.

Em uma palestra que proferiu em Dubai, em 19 de maio de 2014, Jordan declarou: “Eu fiquei ganancioso. ... A ganância não é boa. A ambição é boa, a paixão é boa. Prospera da paixão. Meu objetivo é dar mais do que recebo, que é uma forma sustentável de sucesso. ... Noventa e cinco por cento dos negócios eram legítimos, nada tinha a ver com liquidação financeira”.


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