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Matérias / Personagem

Do furto de Churchill a proibição de carros vermelhos: as loucuras do rei Faruque I do Egito

Além do inusitado episódio com Churchill, o insólito líder ainda foi especifico quando proibiu carros vermelhos

Isabela Barreiros Publicado em 30/07/2020, às 17h42

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Imagem oficial de Faruque I do Egito - Wikimedia Commons
Imagem oficial de Faruque I do Egito - Wikimedia Commons

São muitos os personagens peculiares e bizarros da História. Às vezes ocupando cargos de liderança, suas características singulares podem ser ainda mais explícitas se levarmos em conta a exposição causada pelo poder que possuem em suas nações. Essas facetas, ainda, podem levar muitos a questionarem a real autoridade dessas pessoas.

No livro, Humanos – Uma Breve História de Como F*demos com Tudo, o jornalista Tom Phillips narra alguns dos episódios mais excêntricos da História do mundo. Listando líderes que foram, no mínimo, estranhos como governantes e algumas decisões erradas tomadas ao longo da trajetória humana, o autor relembra uma figura em especial: o rei Faruque do Egito.

Excentricidade egípcia

Faruque I foi o foi o penúltimo Rei do Egito, mas mais do que isso, foi protagonista de algumas histórias cômicas e insólitas que marcaram época e são lembradas até hoje por historiadores. Ele poderia ter sido um rei comum, mas sua personalidade não permitiu que isso acontecesse.

O homem era famoso por adorar riqueza e tudo que vinha com ela. Acostumado a comprar roupas caras na Europa, Faruque também tinha uma uma das maiores coleções de moedas famosas da História, como uma moeda de águia dupla cunhada em ouro americano extremamente rara, de 1933 e dois níqueis Liberty Head de 1913. Até aí, nada que nenhum líder muito rico não fizesse. Mas ele ia além.

Mesmo que possuísse uma enorme riqueza, o egípcio tinha mania de gatunagem. Uma das atividades favoritas do governante era roubar artefatos muito preciosos e caros, e foi o que ele fez várias vezes ao longo de sua vida, tendo que desculpar-se depois pela atitude que não era do cunho de um rei.

Faruque foi pego depois de pegar para si uma espada repleta de joias raras e vários outros objetos preciosos que acompanhavam um mausoléu que abrigava o corpo de um rico xá iraniano. Ainda assim, seu roubo mais famoso aconteceu durante uma importante reunião para decidir os rumos da Segunda Guerra Mundial.

Faruque, sua esposa e filho / Crédito: Wikimedia Commons

O episódio com Churchill

No encontro, estavam presentes muitos líderes que estavam do lado Aliado do conflito. Todos estavam muito tensos e concentrados nas decisões que seriam tomadas a partir daquela discussão, mas o rei egípcio parecia mais interessado em continuar realizando seu insólito hobbie.

Aproveitando a distração do primeiro-ministro inglês Winston Churchill, a majestade furtou seu relógio de bolso. Mais tarde, devolveu o pertence ao ele, explicando que a ação se tratava apenas de uma brincadeira, uma piada prática, visto que acreditava que os britânicos tinham um ótimo senso de humor. Claramente não passou uma boa impressão a Churchill nesse episódio que aconteceu em agosto de 1942.

Como gostava muito de tal atividade, o rei até mesmo fez movimentações possíveis apenas devido ao seu poder no Egito. Ele perdoou, por meio da lei, um ladrão para que ele, em troca, o ensinasse a roubar carteiras. O criminoso era um dos maiores e mais perigosos da região, mas Faruque estava certo de que precisava aprender com o melhor.

Outras bizarrices

No entanto, as peculiaridades do rei egípcio não se resumiam apenas no fato de ele gostar de furtar coisas importantes. O homem tinha outro gosto que fez com que ele fizesse uma lei movida apenas por essa questão.

Apaixonado por seu carro vermelho, o governante impôs uma lei que dizia que apenas ele, em todo o país, poderia possuir um veículo de tal cor. Nenhum de seus súditos poderia se atrever a ter algo parecido — foi assim que ele simplesmente proibiu carros vermelhos no Egito.

O autor Tom Phillips pontua que, em seu ponto de vista, Faruque foi um líder que não possuía vocação para ocupar tal cargo de tamanha importância no Egito. Ele nem ao menos teria integridade moral e emocional para tomar decisões no comando de sua nação.

O rei foi deposto por um golpe militar em 1952 e morreu em 18 de março de 1965, na ilha de Capri, na Itália, onde passava os dias comendo e fumando. Aos 45 anos, faleceu devido a um infarto logo após realizar uma grande refeição — final que provavelmente combinava com seu estilo de vida, praticado até pouco antes de sua morte.


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