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Matérias / Crimes

Há 429 anos, Gesualdo da Venosa, artista renascentista, matava a esposa e o seu amante

Enfurecido, Venosa golpeou os amantes de surpresa e expôs o cadáver da mulher em praça pública

André Nogueira Publicado em 16/10/2019, às 15h01

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Wikimedia Commons
Wikimedia Commons

Carlo Gesualdo foi um compositor italiano, que acabaria ganhando notoriedade após um trágico episódio. Nascido em Venosa, no Sul da Itália, ele veio de berço de ouro. Sua mãe era sobrinha do papa, o que possibilitou uma vida de descontração e pouca responsabilidade. Seu objetivo inicial era nem sequer casar.

Porém, com a morte de seu irmão, passaram-lhe a responsabilidade de prover a descendência da família, que era da nobreza. Assim, buscou uma esposa, que acabou sendo sua própria prima, Maria D’Avalos. Porém, Maria, de beleza excepcional e mais nova que o marido, não era feliz, o que a levou a ter um caso com outro nobre, o Duque de Andria Fabrizio Carafa, que era casado e tinha filhos.

Em 1590, quando Gesualdo estava em Nápoles, ouviu diversos rumores sobre a traição e enfureceu-se, se dirigindo ao seu quarto. Lá, flagrou os amantes em pleno ato. Partiu para cima do casal, inicialmente com uma espada, e matou ambos com diversos golpes e uma adaga. Mas não acabaria assim. Movido pelo ódio, vestiu Fabrizio com as roupas da mulher e expôs Maria, nua e de pernas abertas, na rua.

Representação artística de Gesualdo / Crédito: The New Yorker

Gesualdo nunca foi preso, pois a influência de sua família o absolveu de seu bizarro crime. Assim como ocorreu em outros dois casos de homicídios por parte do artista, não documentados: o de seu filho, que era a cara do Duque de Andria, e do cunhado.

Ele estava ileso da prisão, mas temia retaliações da família das vítimas e, por isso, mudou-se para Ferrara, onde se casou novamente, mas continuou infeliz e vivendo um relacionamento forçado, se contentando apenas com um solitário sentimento masoquista que o fazia exigir que seus empregados o espancassem ou chicoteassem, por puro prazer sexual.


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