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Matérias / Idade Moderna

A batalha épica de Hernán Cortez contra Montezuma

Os espanhóis levaram a melhor, mas tiveram uma ajuda inesperada, mais poderosa que o aço: o sarampo e a varíola

Beto Gomes Publicado em 08/11/2018, às 11h00

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Primeiro encontro entre Montezuma e Hernán Cortez - Getty Images
Primeiro encontro entre Montezuma e Hernán Cortez - Getty Images

A manhã de 8 de novembro de 1519 é considerada por muitos historiadores como o maior símbolo do encontro entre dois continentes. Naquele dia, Montezuma e Hernán Cortez puseram-se frente a frente pela primeira vez, no imenso Vale do México. Os dois maiores líderes do Novo Mundo estavam ali para um encontro amigável, mas a tensão era inevitável – afinal, o imperador asteca acolhera em suas terras um comandante que queria justamente conquistá-las.

Meses depois, eles voltariam a se encontrar, dessa vez numa batalha sangrenta que terminaria com a morte do líder nativo – e tornaria Cortez o homem mais poderoso das Américas. Os relatos dos conquistadores eternizaram o comandante espanhol, e até hoje acredita-se que ele estava à frente de seu tempo.

Sua genialidade militar, no entanto, não ia além de padrões já conhecidos à época. Cortez não apresentou novas táticas de guerra, nem estratégias revolucionárias. O que ele fez foi adotar rotinas de conflitos anteriores ao Descobrimento. Uma das mais importantes foi a aliança com nativos rivais dos astecas. Mas havia outras: o sarampo, a varíola e a gripe dizimaram um terço dos habitantes da capital, Tenochtitlán, em apenas seis meses. Esses males aniquilaram mais índios do que as espadas dos espanhóis.

Hernán Cortez

Wikimedia Commons

Nascimento: 1485

Contingente: 200 mil homens (a maioria nativos rivais dos astecas)

Combatentes: artesãos, comerciantes e aventureiros – e não soldados

Armas: espadas, carabinas, canhões, cavalos e cachorros

Principal feito: agrupar as tribos rivais contra os astecas

Morte: 1547, de pleurisia (inflamação dos pulmões)

Montezuma

Wikimedia Commons

Nascimento: 1466

Contingente: aproximadamente 100 mil homens

Combatentes: nativos guerreiros concentrados na capital do império, Tenochtitlán

Armas: lanças e machados

Principal feito: aguentar o cerco dos espanhóis à capital durante meses seguidos

Morte: 1520, após a batalha com os espanhóis. A causa ainda divide os historiadores