No dia 18 de junho de 1873, a sufragista foi condenada a pagar uma multa de 100 dólares por ter violado as leis
Giovanna Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 17/06/2021, às 00h00 - Atualizado em 05/11/2022, às 08h00
Quatro dias antes da eleição presidencial de 1872, a sufragista Susan B. Anhony se dirigiu até o escritório eleitoral de Rochester, em Nova York e exigiu que seu nome estivesse na lista de eleitores. Os funcionários locais, a princípio, se recusaram a atender seu pedido, alegando não ser possível, uma vez que o estado não permitia o voto feminino.
A mulher, porém, insistiu citando a Décima Quarta Emenda, que dizia que todas as pessoas nascidas nos Estados Unidos eram cidadãs do país, de modo que os oficiais cederam.
E foi assim que, no dia 5 de novembro daquele ano, Susan e mais 14 americanas votaram. No entanto, o sexismo de seu tempo não permitiu que elas ficassem impunes.
Mais tarde, as 15 mulheres acabaram sendo detidas e condenadas a pagar uma multa de 100 dólares, o que hoje equivaleria a 2.160 na moeda americana. No entanto, a ativista nunca pagou a taxa e também jamais deixou de lutar por esse e diversos outros direitos, que viriam a ser conquistados somente após sua morte.
A data da condenação da líder feminista, 18 de junho do ano de 1873, ficou marcada na história, servindo para lembrar a posteridade acerca das antigas injustiças cometidas no país. Foi apenas no ano de 2020 que o então presidente Donald Trump concedeu a Susan o perdão por seu ato outrora considerado criminoso.
Susan B. Anthony foi uma das fundadoras do movimento feminista nos EUA e esteve à frente do mesmo durante mais de 50 anos de sua vida, liderando protestos por todo o território. Entretanto, apesar de seu pioneirismo na luta pelo voto feminino, há controvérsias acerca de sua imagem.
Um trecho de um texto que afirmava que o aborto seria um “assassinato infantil”, cuja autoria foi atribuída à feminista, inspirou associações anti-aborto nos EUA, como a Lista de Susan B. Anthony. O escrito foi publicado no jornal sufragista The Revolution, por ela editado.
Contudo há controvérsias sobre a autoria do texto, uma vez que foi assinado apenas com um "A". Ademais, a americana nunca se dedicou ao tema durante as várias décadas de sua militância, gerando inúmeros debates entre historiadores e especialistas que buscam entender qual era seu verdadeiro posicionamento.
Somente 14 anos após a morte de Susan, que se deu em 1906, o Congresso aprovou a Décima Nona Emenda que, finalmente, permitiu que todas as mulheres exercessem o voto nos EUA.
“O direito dos cidadãos dos Estados Unidos ao voto não pode ser negado pelo país ou qualquer estado com base no sexo do indivíduo”, diz o texto de 1920. Contudo, apesar da conquista, novos desafios surgiram após 1920. A aplicação de taxas e testes de alfabetização, por exemplo, dificultaram enormemente a participação das mulheres nas eleições, em especial latinas e negras, prolongando o histórico de injustiças no país.
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