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Matérias / Estados Unidos

Há exatos 172 anos, Harriet Tubman libertava escravos nos Estados Unidos

Confira cinco curiosidades sobre a vida da mulher que, além de defender o sufrágio, ainda tornou-se símbolo do abolicionismo

Ingredi Brunato / Atualizado por Pamela Malva Publicado em 17/09/2021, às 07h00

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A abolicionista Harriet Tubman - Domínio Público/ Creative Commons/ Wikimedia Commons
A abolicionista Harriet Tubman - Domínio Público/ Creative Commons/ Wikimedia Commons

Entre 1850 e 1860, uma ex-escravizada marcou seu nome na história norte-americana ao exercer um papel central na fuga e libertação de outros cativos. Naquela época, Harriet Tubman salvou cerca de 300 pessoas das mãos dos senhores norte-americanos.

Embora não tenha deixado para trás documentos registrando seus pensamentos, uma vez que não sabia ler, nem escrever, Harriet deu diversos discursos pioneiros em defesa do movimento sufragista e dos direitos da comunidade negra.

Saiba cinco fatos sobre a vida da personagem:

1. Ela começou a ser chicoteada aos 5 anos de idade 

Foi com essa idade que Harriet, na época ainda conhecida como Minty (seu nome verdadeiro, trocado apenas depois de sua fuga), que ela teve seu primeiro “trabalho” como escrava. Seu dono a cedeu para uma mulher vizinha que tinha tido um bebê recentemente, e a menina ficou encarregada de cuidar dele. 

A noite era a pior parte: Minty era obrigada a ficar a noite inteira acordada balançando o berço, e caso o bebê chorasse, ela era chicoteada no pescoço, o que a rendeu suas primeiras cicatrizes.


2. Ela se feriu gravemente tentando ajudar outro escravo 

Já quando Minty era mais velha, embora não seja possível dizer sua idade exata porque escravos não tinham certidão de nascimento, ela estava acompanhando seu patrão para as compras em um armazém da cidade quando ambos avistaram um escravo fugitivo. 

O patrão da moça tentou jogar um peso de ferro no homem em fuga, todavia a escrava se colocou entre os dois, e o objeto acabou batendo contra seu crânio, o que a fez sofrer com convulsões e desmaios súbitos durante o resto de sua vida.


3. Harriet viveu uma história de amor frustrada 

Por volta de 1844, quando ainda era escrava, Minty se casou com John Tubman, que era um homem livre. Ele poderia ter buscado o matrimônio com uma mulher livre, e o fato de ter escolhido alguém que estava abaixo de si na hierarquia aponta para uma mente mais aberta por parte dele, além de fortes sentimentos pela moça escrava.

Contudo, mesmo a mente aberta de John tinha limites, e quando sua esposa sugeriu que eles fugissem juntos para a Filadélfia, onde não tinha escravidão, ele não só discordou da ideia como disse que denunciaria Minty às autoridades se ela tentasse fazer isso. A mulher escrava não se deixou intimidar: ela fugiu mesmo assim, porém sem ele.

Harriet Tubman já com mais idade. Crédito: Wikimedia Commons

4. Ela liderou 20 missões de libertação de escravos 

Foi então que começou a aliança da agora ex-escrava Harriet com os movimentos abolicionistas. Durante uma década, a mulher livre retornou aos estados norte-americanos onde a escravidão reinava, e onde havia um prêmio de 40 mil dólares pela sua captura, e libertou centenas de outros cativos. 

Extremamente eficiente nas fugas, Harriet usava táticas como o roubo de cavalos dos fazendeiros para ocupá-los com mais de uma coisa ao mesmo tempo, e levava sonífero consigo para dar às crianças que pudessem chorar durante a viagem. 

Ela também carregava uma pistola consigo, e caso os escravos mostrassem dúvidas em relação à fuga quando esta já estava em andamento, a mulher era conhecida por apontar a arma e dizer “Você vai ser livre ou então morto.”


5. Destaque em operação militar

Durante a Guerra Civil Americana, Harriet foi não só cozinheira e enfermeira, papéis desempenhados tipicamente por mulheres durante guerras, mas também cumpriu a função de espiã, e ajudou na operação militar de Combahee, na Carolina do Sul. 

Seus conhecimentos da região escravista e sua fama entre os cativos foram muito úteis ao exército nortenho. Durante os ataques, Harriet tornou-se a primeira mulher a ter um papel de destaque em uma operação militar dos EUA, sendo que até colaborou na libertação de mais cerca de 750 escravos. 

Depois de tudo, ela se casou novamente, dessa vez com um veterano de guerra, e se tornou militante pelos direitos das mulheres e dos negros. Harriet Tubman morreu de velhice, aos 90 anos, em um lar de idosos que ela própria havia criado alguns anos antes.


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