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Matérias / Entretenimento

Em 1996, um trágico acidente de avião tirou a vida dos Mamonas Assassinas e chocou o país

A aeronave onde os 5 membros do carismático grupo viajavam bateu contra a Serra da Cantareira devido a um engano fatal

Wallacy Ferrari / Atualizada por Ingredi Brunato, sob supervisão de Pamela Malva Publicado em 06/11/2021, às 09h00

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Os membros reunidos em uma fotografia da década de 90 - Divulgação
Os membros reunidos em uma fotografia da década de 90 - Divulgação

Na última sexta-feira, 5, o Brasil foi abalado pela repentina morte da cantora Marília Mendonça. A diva do sertanejo fazia uma viagem em um avião bimotor quando este se acidentou pouco antes de fazer seu pouso no Aeroporto de Caratinga, em Minas Gerais. 

A incerteza e preocupação a respeito do estado da artista se transformaram em choque nacional quando foi confirmado que ela havia, de fato, perdido sua vida na tragédia. 

Conforme divulgado pela Globo, a aeronave teria se chocado contra o cabo de uma torre da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), o que fez com que perdesse um dos motores e caísse. 

Infelizmente, nenhum dos passageiros resistiu ao episódio. Não apenas Marília morreu, mas também seu tio e assessor, Abicieli Silveira Dias Filho, seu produtor Henrique Ribeiro, e ainda o piloto e copiloto da aeronave.

O luto enfrentado pelos brasileiros após a perda da cativante cantora, então, foi comparado por intenautas nas redes sociais, já que se assemelha ao que ocorreu no ano de 1996, após os Mamonas Assassinas sofrerem, também, um acidente fatal de avião. 

A banda

Autoproclamados como uma banda do gênero “sonrisal”, os Mamonas Assassinas realizavam seu último show no estádio Mané Garrincha, em Brasília, na noite do dia 2 de março de 1996.

Coincidentemente, o show era o último da turnê; os rapazes retornariam a Guarulhos, cidade onde o conjunto foi formado, e pousariam no aeroporto, em Cumbica, São Paulo. Com o fim da turnê, iniciariam os preparativos para a gravação do segundo disco, em Portugal.

No entanto, o avião Learjet PT-LSD — que já apresentava erros durante o último mês de uso, conforme documentado pela equipe do MTV na Estrada — que acompanhou a banda em alguns dias da turnê, tinha um piloto com apenas 170 horas de voo naquele modelo de aeronave. O recomendado seria 500 horas, como informou a Folha.

Os Mamonas Assassinas durante apresentação em Fortaleza / Crédito: Wikimedia Commons

Engano fatal

Graças a um erro de aproximação, a primeira tentativa de pouso na pista do aeroporto foi um total fracasso, obrigando o mesmo a retomar o voo e realizar um contorno. Afirmando ter condições visuais, o piloto solicitou o contorno à esquerda, que foi aceito erroneamente pela torre de comando.

O erro resultou em uma virada direcionada a Serra da Cantareira, em alta velocidade e com a visão prejudicada, levando o avião a colidir em alta velocidade com a montanha — resultando em uma grande fumaça identificada por um avião da Varig, que informou Cumbica sobre o sumiço no radar.

Todos os 7 passageiros, incluindo Dinho, Bento, Júlio e os irmãos Sérgio e Samuel, membros do Mamonas, e os dois tripulantes que conduziam a aeronave faleceram imediatamente com o choque.

Pela chuva e condições do local, o resgate dos corpos só pode ser concluído na manhã do dia seguinte, sendo televisionado em caráter de urgência pelas principais emissoras do país.

Perda e legado

Em estimativa do Corpo de Bombeiros na época, como informou a Folha, as cerimônias fúnebres dos membros da banda nos três dias seguintes ao acidente movimentaram mais de 100 mil fãs entre o ginásio Paschoal Thomeu, onde ocorreu o velório, até o enterro no cemitério Parque Jardim das Primaveras, ambos em Guarulhos.

Até o fim daquele ano, o grupo totalizou mais de 3 milhões de cópias vendidas do álbum de estreia, tendo a certificação tripla em diamante e considerado o terceiro disco mais vendido na história do país pela Associação Brasileira dos Produtores de Discos. Após a morte, ainda tiveram três coletâneas e 2 álbuns ao vivo lançados.

Em 2019, com as frequentes visitas ao cemitério onde o grupo está enterrado, uma startup realizou uma parceria com a administração do local para instalar códigos QR para a leitura de informações e curiosidades sobre os membros da banda, como informou a revista Época.


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