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Matérias / Estados Unidos

Há 30 anos, Bill Clinton admitia que experimentou maconha: 'não traguei'

Fato perseguiu o então candidato à presidência por anos

Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 09/03/2022, às 14h04

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Fotografia de Bill Clinton - Getty Images
Fotografia de Bill Clinton - Getty Images

No ano de 1992, Bill Clinton, que era o então candidato democrata à presidência dos Estados Unidos e fazia campanha, entrou para a história ao admitir ter experimentado maconha em uma entrevista a um canal televisivo. 

O episódio teria ocorrido cerca de vinte anos antes, durante um intercâmbio feito pelo norte-americano à Inglaterra. Ele estava na casa dos vinte anos então, e estudava filosofia, política e economia na Universidade de Oxford. 

"Eu nunca quebrei uma lei federal. E, quando eu estava na Inglaterra, eu experimentei com maconha uma ou duas vezes, mas eu não gostei, não traguei, e nunca tentei de novo", declarou o futuro presidente, conforme relembrado por uma matéria de 2017 da Revista Time. 

A afirmação, inusitada para os padrões de então, gerou rebuliço na imprensa norte-americana. 

O detalhe dele não ter tragado a droga, em particular, rapidamente se converteu em uma piada recorrente entre os que duvidavam de sua história.

O fato perseguiu Bill durante todas as suas décadas seguintes sob os holofotes do mundo político. 

Fotografia oficial de Bill Clinton como presidente / Crédito: Domínio Público

Ele chegou a abordar o episódio novamente em 2013, enquanto conversava com o jornalista Jorge Ramos

"Eu não disse que era mais santo do que você, eu disse que experimentei. Nunca neguei que usei maconha. Eu disse a verdade. Achei que era engraçado", replicou ele, segundo repercutido pelo Houston Chronicle. 

Vanguardista

Desde que Clinton admitiu, outros políticos seguiram seus passos, e foram além, sendo abertos a respeito de terem, sim, tragado maconha durante suas experiências com a substância. Entre esses, estão Al Gore, Jeb Bush (irmão de George Bush) o próprioBarack Obama

Em 2006, quando o futuro primeiro presidente negro dos Estados Unidos ainda era senador, ele confessou que havia fumado bastante quando era adolescente. 

 Fotografia de Barack Obama e Bill Clinton / Crédito: Getty Images

"Quando eu era jovem, tragava com frequência. Esse era o ponto", afirmou, fazendo referência à fala de Clinton anos antes. 

Mais tarde, Obama discorreu melhor sobre a questão: "Aquilo [o hábito de fumar] era uma reflexão das dificuldades e da confusão de um garoto adolescente. Meninos adolescentes são frequentemente confusos", explicou, de acordo com uma matéria daquele mesmo ano do The New York Times. 

Outras drogas, outros presidentes

Não é porque os registros de chefes de Estado norte-americanos admitindo fumarem maconha são extremamente breves, porém, que eles passaram longe de todas as drogas. 

Narcóticos e opioides (nesse caso, usados para tratar dores crônicas, e não de forma recreativa) apareceriam nas trajetórias de mais de um presidente, como George Washington e John F. Kennedy, ainda de acordo com a Revista Time. 

Vale mencionar que, do início do século 21 pra cá, os Estados Unidos tem enfrentado uma epidemia crescente de vício em analgésicos.

Neste período, por exemplo, 500 mil norte-americanos morreram de overdose por conta da ingestão exagerada dessas substâncias. Mais preocupante ainda é que, por vezes, essas pessoas entraram em contato com narcóticos através de receitas médicas, porém desenvolveram dependência química. As informações foram repercutidas pela BBC em janeiro deste ano.