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Matérias / Personagem

O homem por trás da máscara: Neste dia, em 1605, a conspiração de Guy Fawkes falhava

Fawkes foi traidor nacional a revolucionário, sendo preso há exatos 416 anos

Ingredi Brunato Publicado em 05/11/2020, às 00h00 - Atualizado às 12h37

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Ilustração representando Guy Fawkes e a famosa máscara - Domínio Público, via Wikimedia Commons e Getty Images
Ilustração representando Guy Fawkes e a famosa máscara - Domínio Público, via Wikimedia Commons e Getty Images

Em 5 de novembro de 1605, uma conspiração morreu antes de começar com a prisão de Guy Fawkes, soldado católico que era contra o regime do rei inglês, James I, que era protestante. 

Guy também integrava o grupo que havia arquitetado um plano que ficou conhecido como “Conspiração da Pólvora”. Seus membros pretendiam mandar o Parlamento britânico aos ares através da explosão de 36 barris de pólvora que foram instalados sorrateiramente nos porões do Palácio de Westminster - onde ficava sediada a assembleia. 

O fato é que após dias de tortura nas mãos dos oficiais ingleses, Guy confessou tudo, cedendo os nomes de seus sete parceiros, e tendo sua morte determinada pela tentativa de atentado.

Na época, considerado traidor nacional, ganhou um novo significado durante o século 20, sendo considerado um revolucionário e símbolo da luta contra um governo repressivo - que, na época, ceifava os direitos de seguidores da religião católica como ele. 

Homem em protesto usando famosa máscara de Guy Fawkes, que foi popularizada pelo filme V de Vingança e pelo movimento de hackers ativistas, Anonymous - Crédito: Getty Images

Vida anterior

Embora não tenha sido a única mente por trás dessa histórica conspiração que pretendia matar o Rei da Inglaterra, não podemos negar que englobar o grupo de oito conspiradores já era algo que poderia ser feito apenas por alguém de perfil muito subversivo. 

E Guy Fawkes tinha esse perfil. Antes de ser um traidor conhecido do governo britânico, por exemplo, ele realizou uma traição mais sutil: lutou pela Espanha na Guerra dos Oitenta Anos, em que o país, que na época adotava o catolicismo como religião nacional, enfrentava a Holanda, que seguia o protestantismo. Porém, a Inglaterra da época também estava em guerra com os espanhóis, assim o soldado defendeu o inimigo. 

Outras evidências de que Fawkes sempre pareceu o tipo de pessoa que se envolveria em uma tentativa de derrubada do poder britânico foi o ano em que passou tentando encontrar na Espanha o auxílio para a realização de uma rebelião católica em seu país de origem. 

Claramente, o soldado era muito apaixonado pelos seus ideais religiosos, e estava pronto para lutar por eles. Talvez essa tenha sido a pólvora original da conspiração: a paixão de pessoas como Guy por suas ideias, e a disposição para fazer grandes atos e concretizá-las. 

Fim desastroso 

Segundo um estudo realizado por físicos da Universidade de Gales nos anos 2000, a quantidade de pólvora nos 36 barris no porão do Palácio de Westminster seriam suficientes para explodir não só o Parlamento, mas todo o centro da cidade de Londres. 

Todavia, é uma dado que os responsáveis pela Conspiração da Pólvora provavelmente não sabiam. Inclusive, eles não queriam a morte de pessoas que consideravam inocentes, como seus colegas católicos que pretendiam assistir a sessão de 5 de novembro, e por isso fizeram um esforço extra para enviar mensagens a esses indivíduos, pedindo que ficassem longe do Palácio do Parlamento na noite fatídica. 

E no fim, foram essas mensagens as responsáveis por sufocar a faísca inicial do atentado, pois uma das cartas de alerta dos conspiradores acabou chegando às mãos do Rei. Caos instaurado.

Guy foi encontrado naquela noite de novembro com a mão na massa, junto da pólvora que seria usada na explosão, e sofreu diversas torturas antes ir a julgamento com seus companheiros em janeiro do ano seguinte. 

Ilustração representando Guy quando ele foi encontrado por oficiais britânicos - Crédito: Wikimedia Commons

Sabendo que seria executado, acabou optando por morrer nos seus próprios termos, conseguindo se soltar da corda que o prendia, e pular de um palanque alto para sua morte.


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