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Matérias / Guerra Fria

Há 43 anos, Fidel Castro assumia a presidência de Cuba

O governo de Fidel foi responsável pelo crescimento dos índices sociais e de violência política do país

André Nogueira Publicado em 02/12/2019, às 12h36

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Fidel Castro chegou quase aos 90 anos no poder - Getty Images
Fidel Castro chegou quase aos 90 anos no poder - Getty Images

Em 1976, Fidel Castro deixou de ser primeiro-ministro de Cuba e se tornou presidente do país, assumindo o papel central de representação da ilha na diplomacia e o principal cargo do Poder Executivo. 

Politicamente, a presidência castrista lapidou o sistema político cubano, que desde a Revolução, se esforçou no sentido de estabelecer sistemas de votação regionais e autônomos dos bairros, marcado pelo poder de decisão popular.

Neste aspecto, a nível de todo o país, o poder estaria no governo central, comandado pelo órgão não eleitoral do Partido Comunista. O partido, por sua vez, passava por eleições de aprovação popular.

Fidel nos EUA / Crédito: Wikimedia Commons

O Partido Comunista e, por conseguinte, o governo cubano estavam cada vez mais fechados no círculo civil e militar ao redor de Castro, estabelecendo um sistema de manutenção do poder do presidente baseado no personalismo e na memória da revolução.

No campo econômico, o mandato de Castro fortaleceu o legado do governo revolucionário de planificação econômica no combate às consequências do embargo econômico estabelecido pelos EUA para isolar a ilha. Ele também iniciou programas de combate à pobreza e de auxílio doméstico.

Em termos econômicos, a situação que Cuba estava quando Fidel assumiu a presidência era trágica. Já abalados pelo embargo e sendo sustentados pelo comércio soviético, a ilha sofreu mais um abalo com o aumento da produção de cana brasileira, com os projetos em favor do diesel, e consequente redução de preço no mercado.

Nos anos 1970, o açúcar cubano (principal produto de sua economia) foi desvalorizado e a economia travou. Com ajuda do bloco comunista, Fidel manteve Cuba com os serviços básicos funcionais, mas o país se manteve com dificuldades.

O presidente também incentivou um sistema unificado de medicina e educação públicos, a partir de um projeto de medicina prática e mais próxima da enfermagem, e uma educação bem financiada e livre, tornando os índices cubanos os melhores da região.

Crédito: Wikimedia Commons

Ao mesmo tempo, a liberdade de expressão e de informação, além do contato com o resto do mundo e a segurança da oposição (que foi combatida a bala, cela e acidente de avião), foram completamente negados ao povo cubano. 

Dentre as perseguições sofridas pela população na Cuba castrista, a mais marcante foi o acirramento brutal do combate aos homossexuais e a busca do projeto do Novo Homem de Fidel Castro. A procura da humanidade pós-revolucionária, o governo cubano expurgou aqueles que não seguiam os critérios de masculinidade e virilidade que se desejava dos membros da sociedade cubana.

Contando com o seu mandato anterior, Fidel foi um dos homens que por mais tempo governou, completando quase um século de poder. O presidente só deixou o cargo em 2006, anunciando que tomou essa decisão por problemas de saúde. 


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