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Matérias / Estados Unidos

Há 56 anos, Lee Harvey Oswald, o assassino de John F. Kennedy, morria baleado

Dois dias após ter matado Kennedy, Oswald acabou sendo baleado pelo dono de uma boate, falecendo no mesmo hospital que o presidente

Joseane Pereira Publicado em 24/11/2019, às 07h00

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Lee Harvey Oswald, acusado de assassinar o presidente norte-americano Kennedy - Getty Images
Lee Harvey Oswald, acusado de assassinar o presidente norte-americano Kennedy - Getty Images

Na tempestuosa manhã de 24 de novembro de 1963, Lee Harvey Oswald estava sendo escoltado pela polícia. Acusado de ter cometido o assassinato de presidente John F. Kennedy em Dallas, Texas, ele passou dois dias sob intenso interrogatório, partindo em direção a um carro blindado que o levaria até uma cadeia estadual.

Mas Oswald não conseguiu sequer chegar até o carro: Jack Ruby, o operador de uma boate local, se aproximou dele em meio à multidão e atirou em seu abdômen. Levado ao Parkland Memorial Hospital, ele acabou tendo o mesmo destino que sua vítima John F. Kennedy, que morrera no mesmo local dois dias antes.

TRAJETÓRIA

Filho de Robert Oswald e Marguerite Frances Claverie, Lee Harvey Oswald nasceu em 1939 e era uma criança retraída e temperamental, sendo descrito pelo psiquiatra Dr. Renatus Hartogs como tendo "distúrbios no padrão de personalidade com características esquizóides e tendências passivo-agressivas".

Oswald com cerca de 20 anos, vestindo capacete do Exército / Crédito: Getty Images

Aos 15 anos, ele teria escrito em seu diário que se considerava marxista: "Eu estava procurando uma chave para o meu ambiente e depois descobri a literatura socialista. Eu tive que cavar meus livros nas prateleiras empoeiradas das bibliotecas", registrou ele. Aos 17, após ter frequentado mais de dez colégios, ele acabou deixando o ensino escolar para se juntar aos fuzileiros navais.

VIDA NA URSS

Em 1959, após ter economizado seu salário no corpo de fuzileiros navais, Oswald viajou para a União Soviética. Com um visto que valia pouco tempo, ele informou aos funcionários do país que desejava se tornar um cidadão soviético. Ao ser indagado sobre a razão de seu desejo, ele simplesmente respondia “porque eu sou um comunista”.

Com o pedido de cidadania negado, ele cortou o próprio pulso na noite em que ia deixar a URSS, sendo mantido em um hospital de Moscou sob observação psiquiátrica.

Declarando seu desejo na Embaixada dos EUA em Moscou, Oswald acabou conseguindo se fixar na URSS, trabalhando em fábricas locais. Até que em 1961 ele decidiu retornar, escrevendo em seu diário: “O trabalho é monótono, e o dinheiro que recebo não tem onde ser gasto. Nenhuma boate, nem locais de recreação, exceto as danças sindicais. Eu já tive o suficiente".

MORTE

Oswald sendo escoltado pela polícia em 22 de novembro de 1963 / Crédito: Getty Images

De acordo com investigações do governo norte-americano, os tiros contra John F. Kennedy foram disparados no sexto andar do Depositório de Livros Escolares do Texas, onde Oswald passou a trabalhar após retornar aos EUA.

Sendo capturado, ele afirmou incessantemente não ter sido responsável pela morte do presidente – o que não pôde se comprovar com ele em vida, pois Jack Ruby, militante do Partido Democrata ligado com a máfia e gerente de casas de prostituição, tiraria sua vida dois dias após a morte de Kennedy.

Registro de Oswald baleado / Crédito: Getty Images

A morte de Lee Harvey Oswald foi o primeiro assassinato a ser transmitido ao vivo. Ruby alegou posteriormente que, caso o matasse, seria visto pelos norte-americanos como herói nacional. De fato, testemunhas e jornalistas aplaudiram a cena, ao saberem que Oswald tinha realmente falecido.


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