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Matérias / Estados Unidos

Há 57 anos, era assinada a lei que acabava com a segregação racial nos EUA

Assinada pelo presidente Lyndon B. Johnson, a lei representou um avanço na luta pelos direitos civis no país

Victória Gearini | @victoriagearini Publicado em 01/07/2021, às 18h00

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Bebedouro "colorido" em um terminal em Oklahoma - Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, via Wikimedia Commons
Bebedouro "colorido" em um terminal em Oklahoma - Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, via Wikimedia Commons

Assinada pelo então presidente dos Estados Unidos, Lyndon B. Johnson, no dia 2 de julho de 1964, a lei de Direitos Civis decretou o fim da segregação racial no país, representando um avanço na luta do movimento negro.

A mudança da Legislação foi fruto de muita luta e resistência contra o sistema racista e opressor dos Estados Unidos. Este episódio histórico contou com a participação dos ativistas negros Martin Luther King e Rosa Parks, ambos símbolos do movimento civil. 

O contexto histórico 

Em algumas regiões do país estadunidense, pessoas afro-americanas eram segregadas do restante da população. Por exemplo, negros não podiam frequentar alguns espaços públicos e privados junto com pessoas brancas, eram proíbidos de frequentar escolas e hospitais junto com brancos e até mesmo eram enterrados em cemitérios separados e afastados. 

Imgem sobre segregação racial nos EUA / Crédito: Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, via Wikimedia Commons

O racismo imperava na sociedade e os tribunais menores ignoravam as queixas e denúncias dessas pessoas que eram constantemente oprimidas e discriminadas pelo sistema.

Na época, crianças negras não podiam frequentar a mesma escola que pessoas brancas, como foi o caso de Linda Brown, moradora do Kansas. No entanto, diferente de outros casos, o Supremo Tribunal decretou ser inconstitucional a separação de alunos por raça. Portanto, em 1954, permitiu que a menina de sete anos frequentasse as mesmas instituições de ensino que os jovens brancos.

Segundo a revista Veja, o professor Howard Robinson, do Centro Nacional para o estudo dos Direitos Civis, no Alabama, afirmou que o episódio foi “um elo crítico para o movimento de direitos civis moderno”. Isto é, foi fundamental para a luta do movimento civil no país. 

O catalisador de mudança

Pouco tempo depois, outros ativistas passaram a reivindicar seus direitos e o fim da segregação racial no país, como foi o caso de Rosa Parks. Conforme declarou Georgette Norman, diretora do museu dedicado à ativista, o fato dela não ter cedido seu assento a um homem branco, no transporte público, representou um "catalisador de mudança”. 

“Ela era a pessoa que precisava começar o protesto, alguém de quem não se podia falar mal nem encontrar nenhuma falha que diminuísse a atenção ao assunto”, disse a diretora do museu, conforme reproduziu a Veja.

Na época, a atitude de Rosa Parks não foi bem vista pelas autoridades, que a deteve imediatamente, em 1º de dezembro de 1955. No entanto, aquele foi o estopim para o movimento civil, que condenou a ação policial. A partir disso, passaram a boicotar ônibus e protestar contra a segregação racial.

Ainda de acordo com a Veja, após 381 dias de protestos, o Tribunal Supremo decretou o fim da separação de pessoas brancas e negras nos transportes públicos. A partir disso, nos anos seguintes, o movimento civil conquistou outros direitos, como o fim de escolas segregadas e de serviços reservados para população branca.

No entanto, o racismo ainda era enorme no país e era necessário tomar medidas mais firmes, como as que ocorreram em 1964. 

O fim da segregação racial

No dia de 2 de julho de 1964, o então presidente dos Estados, Lyndon B. Johnson — que assumiu o cargo logo após o assassinato de Kennedy — sancionou a lei responsável por acabar com a segregação racial no território estadunidense. 

Vale ressaltar que, mesmo com os avanços e conquistas do movimento negro durante o século 20, após 57 anos do decreto do fim da segregação racial no país, ainda hoje, os EUA apresentam números alarmantes de discriminação racial e violência contra a população negra. 

Embora todas as conquistas, em pleno século 21 é preciso combater o racismo, seja ele institucional, estrutural ou explícito, sendo a luta antirracista um dever de todos.


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