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Matérias / Brasil

Contra as reformas de Jango: Há 57 anos, ocorria a Marcha da Família com Deus pela Liberdade

Na passeata, 300 mil brasileiros foram às ruas para pedir a derrubada de João Goulart

Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 18/03/2021, às 09h59

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Marcha da Família no Rio de Janeiro - CPDOC/FGV
Marcha da Família no Rio de Janeiro - CPDOC/FGV

A Marcha da Família com Deus pela Liberdade foi um movimento que surgiu no Brasil na década de 60 em reação à falácia da 'ameaça comunista', que foi inclusive uma das principais justificativas por trás do golpe militar, segundo repercutido pelo site Quero Bolsa. 

O evento que marcou o início da organização da Marcha foi o discurso do então presidente João Goulart em 13 de março de 1954, apenas 18 dias antes do início da ditadura. 

O político havia assumido após a renúncia súbita de Jânio Quadros, e nesse pronunciamento defendeu um projeto que já havia proposto anteriormente, que chamava de reformas de base. 

Na prática, essas reformas seriam um conjunto de medidas que mexeria nas estruturas de setores do Brasil, como a educação, o sistema político e a agricultura.

Fotografia da passeata / Crédito: Wikimedia Commons

As declarações de Jango nesse dia foram vistas por diversas fatias da população brasileira como evidências de um possível plano de instalação do comunismo por parte do presidente.

A família tradicional vai às ruas 

A Marcha da Família com Deus pela Liberdade concentrou esses brasileiros, sendo constituída de membros da classe média, de grupos religiosos, do setor dos industriais e de entidades femininas como a União Cívica Feminina e a Campanha da Mulher pela Democracia, de acordo com o site do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC). 

Outra figura relevante a participar da iniciativa foi o jornalista Carlos Lacerda, que era membro ativo da UDN, partido fortemente antigetulista. A tradição política deixada pelo famoso ex-presidente fora retomada por Goulart, vale dizer. Essa informação pode ser verificada na Biblioteca Digital da Câmara dos Deputados. 

Fotografia de Carlos Lacerda / Crédito: Wikimedia Commons

O movimento contrário à Jango foi para as ruas pela primeira vez em 19 de março, que, de forma apropriada, é o dia de São José, o padroeiro da família, o que simboliza dois dos valores expressados no nome da marcha. 

Um total de 300 mil brasileiros estiveram presentes naquele primeiro protesto localizado na cidade de São Paulo, que andou da Praça da República até a Praça da Sé, montando um palanque nessa última localização para que alguns líderes da manifestação falassem à multidão. 

Depois dos militares derrubarem Jango ocorreram ainda novas manifestações ao longo das capitais brasileiras, essas chamadas de Marchas da Vitória, em comemoração do ato.  

Retorno? 

Segundo divulgado pelo G1 em 2014, ocorreu uma nova manifestação organizada através do Facebook que usou o nome de “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”, e refez o trajeto da original, pedindo por intervenção militar e volta da ditadura. 

Cristina Peviani, de 51 anos de idade, que foi entrevistada pelo veículo, contou que um dos objetivos da volta do movimento era “lembrar que ainda existe a família conservadora no Brasil”.


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