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Matérias / Personagem

Há 59 anos, a múmia de Stalin era expulsa do mausoléu de Lenin

Os corpos mumificados ficaram juntos por alguns anos, todavia, o destino do Homem de Aço foi diferente

Redação Publicado em 30/10/2020, às 08h00

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Stalin morto em seu túmulo - Getty Images
Stalin morto em seu túmulo - Getty Images

Quando Leninmorreu em 1924, o destino de seu corpo permaneceu em aberto por semanas até membros do Partido Comunista tomarem uma decisão controversa. O próprio revolucionário havia afirmado em vida que era contrário à ideia, e sua esposa, Nadezhda Krupskaya, manteve o posicionamento após a morte do companheiro.

Isso não adiantou. O corpo do comunista foi embalsamado por meio de um processo misterioso que até hoje não sabemos exatamente como funciona. Um grande Mausoléu foi construído na Praça Vermelha, em Moscou, e pronto: Lenin estava guardado para a eternidade. 

Em 1953, outra figura muito importante para a Revolução Russa faleceu. Naquela época, Stalinera considerado um dos homens mais importantes do país e logo foi colocado ao lado de Vladimir dentro de sua sepultura colossal. Os dois, mumificados com uma substância desconhecida, ficaram juntos por alguns anos.

Porque, então, o Homem de Aço não está no mausoléu nos dias de hoje? Tudo isso foi ação de Nikita Kruschev, que se tornou líder da União Soviética em 1953 e decidiu colocar  seu posicionamento contra Stalin em prática, a partir de medidas governamentais. 

‘Desestalinização’

Lenin e Stalin / Crédito: Getty Images

O período de governo de Kruschev ficou conhecido por sua ‘desestalinização’, literalmente, tirar Stalin da mentalidade dos russos de forma bruta. A cerimônia luxuosa feita para o bigodudo no dia de sua morte deu lugar à destruição formal de monumentos em homenagem ao líder político.

Uma clara manifestação dessa opinião foi percebida no 20º Congresso do Partido Comunista da União Soviética em 1956, quando Kruschev fez seu mais famoso discurso contra o antigo premier. A partir daí, começou a denúncia contra o culto à personalidade do comunista e seu regime.

"A traição de Stalin ao legado de Lenin, o abuso de poder por ele empreendido, a repressão em massa contra cidadãos soviéticos honestos tornam inaceitável manter o caixão que contém seu corpo no Mausoléu de Lenin", lia-se em um comunicado de porta-voz do governo na época.

Passou-se a propagar a ideia de que ele havia “traído” os ideais de seu precursor, espalhando autoritarismo e tirania por todo o território. E o governo, com essa deixa, começou a apagar tudo que fizesse referência a Stalin na Rússia — inclusive sua múmia exposta ao lado de Lenin.

Em 30 de outubro de 1961, a decisão oficial de retirar o corpo do socialista do mausoléu foi tomada no 22º Congresso do Partido Comunista. Na verdade, eles queriam que aquilo parecesse como uma resposta a um pedido de trabalhadores de Leningrado, repassada por um oficial do Partido Comunista, Ivan Spiridonov.

Na noite de Halloween

O corpo embalsamado de Lenin / Crédito: Getty Images

A decisão foi tomada e logo realizada na prática. Tudo deveria ser feito muito rapidamente, pois o governo tinha receio de que a população poderia ser contra a atitude e se rebelar. Por isso, a múmia de Stalin foi retirada do mausoléu no meio da noite, para que ninguém pudesse perceber a movimentação incomum.

Ela foi tirada e levada para um laboratório que ficava embaixo da monumental sepultura. Depois de alguns ajustes no corpo, ele foi logo enterrado próximo ao muro do Kremlin, dois metros abaixo do solo.

Hoje, os restos mortais do comunista continuam embaixo do solo russo. Mas, de acordo com o cientista russo Vadím Milov, seu cadáver pode estar bem preservado em seu túmulo profundo.

Em entrevista ao Russia Today, ele explicou: “Os cientistas soviéticos procuraram não apenas preservar o corpo, mas também manter sua aparência para que o falecido parecesse estar dormindo. Se o túmulo de Stalin estiver seco o suficiente, seu corpo provavelmente estará bem preservado”.


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