Figura polêmica, Gandhi foi alvejado por nacionalista hindu após algumas de suas decisões políticas. Entenda!
André Nogueira Publicado em 30/01/2020, às 10h34
Gandhi, em vida, era uma figura controversa. Depois de sua morte, porém, passou a ter sua imagem disseminada com "Pai da nação Indiana", sendo lembrado como um antimperialista defensor da não violência e da liberdade. Porém, quando ainda estava no cenário político, questões sociais e religiosas levaram ao assassinato do líder hindu.
Em meio à euforia da recente independência da Índia, da qual Gandhi teve importante papel no desenvolvimento de um alinhamento da Nação com o hinduísmo, contra o nascimento do Paquistão, por exemplo, mas em favor de uma relação amigável entre as religiões, o líder político e espiritual foi alvejado por tiros do nacionalista hindu Nathuram Godse.
O caso aconteceu neste dia, em 1948, quando Mahatma subia as escadas que levavam aos jardins elevados da Casa Birla, mansão de família importante de Nova Delhi, onde estava hospedado e realizava orações diariamente. Às 17h, ele chegara ao último degrau e caminhava em direção a um pátio, quando foi interceptado por Godse e baleado por três tiros no peito.
Ele morreu logo depois, dentro de seu quarto na Casa Birla (que se tornaria monumento a Gandhi), como foi anunciado por um representante próximo. “A luz se foi de nossas vidas”, anunciou o então primeiro-ministro indiano Jawaharlal Nehru, ainda no dia 30 de janeiro, na rádio nacional. Ele foi cremado, e suas cinzas, lançadas parcialmente no Ganges.
Com o compromisso de reconciliar a paz entre hindus e muçulmanos, Gandhi apoiava a liberação de recursos para os paquistaneses resistissem durante a primeira disputa pela Caxemira, o que incitou raiva de seu ex-seguidor e assassino. Quando morto, violentamente, Gandhi foi transformado numa lenda.
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